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Veja os países mais violentos do mundo

Banaras Khan/AFP

O Instituto de Economia e Paz (The Institute for Economics and Peace) divulgou uma lista com os 10 países mais violentos do mundo. Cerca de 158 países entraram na análise do GPI (Global Peace Index, que em português seria o Índice de Paz Global), que usa 23 indicadores para calcular o nível de conflito interno e externo em cada nação.
Confira a lista:
10º lugar — Paquistão: Entre os indicadores usados para calcular o índice de conflitos no Paquistão, o maior é o de "terror político", que atingiu o nível máximo em uma escala de 1 a 5. Esse índice mostra o nível de instabilidade dentro das fronteiras do Estado. 

Além disso, o país também recebeu nota 4 para medir problemas com países vizinhos, também em uma escala que vai até 5 . 

Na foto, paquistaneses queimam veículos do lado de fora de uma delegacia

Jaafar Ashtiyeh/AFP

9º lugar — Israel: Apesar de Israel ser uma nação relativamente estável internamente, os problemas com países vizinhos continuam a crescer. 

De acordo com a escala de demonstrações violentas, que vai de 1 a 5, Israel recebeu 3. Os problemas com os vizinhos receberam nota 4, número preocupante. 

Na foto, conflito entre palestinos e israelenses em Kafr Qaddum

Reprodução/United Nations

8º lugar — República Centro-africana: No índice de terror político, a República Centro-Africana quase chega ao nível máximo, recebendo nota 4,5, de 5. 

O crime organizado no país atinge nível 3, de 5. E o fácil acesso da população às armas também é levado em consideração para que o país ocupe a oitava posição na lista de países mais violentos do mundo. 

Na foto, um rebelde segura um lança míssil

Ng Han Guan/AP

7º lugar — Coreia do Norte: Recentemente, a Coreia do Norte fez teste com um foguete balístico de longa distância, com capacidade de levar cargas nucleares, que pode cruzar o pacífico e atingir a costa dos EUA. Na escala de "terror político", a Coreia recebeu nível máximo, nota 5. 

A ditadura do país é conhecida como uma das mais rígidas do mundo isolando seus cidadãos das influencias externas. 

Na foto, exército do país participa de uma celebração em Pyongyang, capital do país

Alexander Zemlianichenko Jr/AP


6º lugar — Rússia: O fácil acesso às armas é um dos fatores que fazem a Rússia ocupar o sexto lugar na lista de países mais violentos do mundo.

Além disso, conflitos separatistas ligados a movimentos islâmicos também dificultam as relações com países vizinhos. Atos terroristas originários destas regiões trazem insegurança à população.

Na foto, soldados russos participam de uma parada no centro de Moscou, capital do país

Eric Feferberg/AFP


5º lugar — República Democrática do Congo: a colonização do país pelos belgas é considerada uma das mais violentas da história humanidade e deixou um legado de sangue que se perpetua até os dias de hoje.

O acesso às armas é tão fácil no país que crianças, como as da foto, podem comprá-las sem nenhum problema e, às vezes, até ganham de presente de milícias. O nível de "terror político" atinge no Congo a nota máxima!

Ako Rasheed/Reuters


4º lugar — Iraque: as tropas americanas, que estavam no país desde 2003, quando o ditador Saddam Hussein foi deposto, se retiraram no final de 2011. Desde então, o Iraque sofre com um número maior de ataques terroristas, como os que recentemente deixaram 56 mortos em Bagdá. Veja mais detalhes aqui.
O acesso às armas recebeu nível máximo e o "terror político" ganhou nota 4,5, de 5

Abd Raouf/AP

3º lugar — Sudão: com a criação recente do Sudão do Sul, a crise humanitária cresceu na região.

Cerca de 10,5% da população é formada por refugiados.

O acesso às armas atinge nível máximo, bem como o "terror político" referente à instabilidade interna do país.

Os problemas com países vizinhos chegam a receber nota 4, num escala que vai até 5.

Na foto, a Ministra da Informação do Sudão, Sana Hamad, posa com o exército do país e segura uma arma

Anja Niedringhaus/AP


2º — Afeganistão: as tropas americanas invadiram o país em 2001, menos de um mês após os ataques de 11 de setembro para procurar Osama bin Laden, tirar os talebans do poder e enfraquecer a organização terrorista Al-Quaeda. No entanto, os esforços de pacificação do país não tiveram sucesso como a própria posição do país no índice aponta.

O acesso às armas no país recebeu nota máxima e os problemas com países vizinhos receberam nota 3, de 5.

Na foto, um soldado brinca com balas de metralhadora

Godfrey Olukya/AP


1º lugar — Somália: o país recebeu nota máxima em quase todos os indicadores do Instituto de Economia e Paz.

Fácil acesso às armas, "terror político" e os problemas com países vizinhos receberam nota 5, na escala que vai até 5.

Segundo a ONU, a Somália teria os piores desastres humanitários do mundo.

Por causa dos conflitos constantes, cerca de 3,25% da população deixou o país entre os anos 2000 e 2005.
Na foto, militar europeu ensina técnicas de combate ao soldano somali

Fonte: R7


IMAGINE SUA VIDA SEM INTERNET


Isso mesmo!!! Imagine como seria sua vida sem o facebook para dar uma cutucada na galera, o twitter para ficar por dentro do que os seus amigos estão fazendo??? Eu quase tive um treco porque fiquei um dia sem usar!!! Se você nunca imaginou essa possibilidade, mas pelo menos já vivenciou algumas horas, dias, ou semanas sem esta ferramenta indispensável vai entender perfeitamente o vídeo abaixo, inspirado neste post. Não me venha com historinha para boi dormir de que não é viciado em internet (não adianta negar, que eu sei que tu és!!!)







256 Regras sobre Redação

AUTORIA, PESQUISA, REVISÃO, ORGANIZAÇÃO: JOSÉ CARLOS DUTRA DO CARMO.
SITE: www.sitenotadez.net, já acessado por quase 10 milhões de pessoas.
E-MAIL: sitenotadez@sitenotadez.net

Muitas vezes se tira nota baixa em REDAÇÃO simplesmente porque se comete uma série de erros
 gramaticais bobos, tolos, inadmissíveis.
A principal finalidade do MANUAL... será contribuir de forma decisiva para que erros dessa
 natureza não mais sejam repetidos.
É uma obra que se destina a estudantes que estejam fazendo o último ano do curso pré-escolar,
 cursando os ensinos fundamental e médio, até aqueles que estão se preparando para concurso ou vestibular
. Servirá, portanto, para qualquer membro da família, inclusive para quem já concluiu o curso universitário
 e queira aprimorar-se na arte de escrever.
1ª. A (minúsculo). 
Faça-o um pouco achatado, com os contornos fechados (e não abertos), sem qualquer traço no meio dele.
2ª. ABAIXO-ASSINADO.
É um documento assinado por várias pessoas, que contém pedido, reivindicação ou manifestação de protesto.
3ª. ABREVIAÇÕES.
Escreva as palavras por extenso. As abreviações são consideradas incorretas. 
Portanto, não use abreviações quando no corpo do texto de sua redação.
ERRADO
CERTO
P/, c/, tá, pra, qdo
Para, com, está, para, quando
Prof., edif., pop
Professor, edifício, população
Fone, cine
Telefone, cinema
4ª. ABSURDO.
Use o raciocínio absurdo, a percepção exagerada dos fatos, para sugerir a visão alterada da personagem.
Embriagado, achou que a mulher estava conversando com o amante e atirou no seu próprio cunhado.
Achava que o cãozinho estava silencioso apenas para ludibriá-lo, que preparava um ataque feroz;
 talvez até saltasse no seu pescoço em um momento de distração.
5ª. AÇÃO.
Quando quiser, em narrações, fazer sentir a atenção dada pela personagem às próprias ações, 
mostre os pormenores da cena.
Colocou cuidadosamente o cristal sobre a mesa, pegando a taça com a ponta dos dedos,
 pressionando-a levemente, mas com firmeza. Aproximava-a da mesa muito lentamente, 
quase sem fazer barulho algum ao tocá-la.
 Se desejar mostrar ações sucessivas da personagem, efetuadas sem pressa e valorizadas
 uma a uma, separe-as em períodos diferentes.

Entrou na sala. Caminhou lentamente em direção ao cofre. Observou se o sistema de segurança estava
desativado. Tirou o quadro da parede. Passou a girar lentamente o segredo do cofre, escutando atentamente
quando daria o estalo que lhe permitiria abri-lo com segurança.
Para construir na narrativa a idéia de rapidez, use períodos curtos. Se buscar transmitir a 
sensação de um longo
 tempo transcorrido, use frases extensas.
Correu até o outro lado da rua. Girou a chave na fechadura. Entrou no prédio. Acenou para o porteiro
. Entrou no elevador.

Estacionou o carro na frente do prédio, observando se a esposa já havia descido. Abriu a caixa de discos,
 escolhendo o que faria a mulher lembrar dos tempos de namoro. Reclinou o banco do automóvel, 
baixando o volume do rádio; pensou que a mulher estava atrasada; devia estar escolhendo seu melhor 
vestido ou talvez terminando de fazer a maquiagem com o cuidado que a ocasião merecia.
 6ª. ACENTOS.
Coloque-os com clareza e corretamente, e não simples traços displicentes (em pé ou deitados). 
O acento grave, levemente voltado para a esquerda; o agudo, levemente inclinado para a direita.
Tanto o acento grave, quanto o agudo e o circunflexo, devem ser colocados bem próximos das respectivas letras
e bem centralizados (e não distantes e de lado).
O acento não pode ser um risquinho qualquer, torto, deformado, ilegível. Tem que ser escrito de maneira correta,
 clara e precisa.
Faça-os de tamanho normal, nem demasiado grandes, nem demasiado pequenos.
7ª. ACENTUAÇÃO.
Verifique sempre  a  acentuação dos vocábulos.
Procure conhecer as regras de acentuação sem, contudo, decorá-las como papagaio.
Uma técnica de aprendizagem infalível: Estude o assunto, por exemplo, em mais de dois autores, fazendo,
 depois, os respectivos exercícios. Proceda da mesma forma com os demais assuntos de gramática, 
que jamais precisará tomar curso de Português desse capítulo.
8ª. ALFABETO.
Procure não inovar, por sua conta, o alfabeto da língua portuguesa, a ponto de tornar sua letra praticamente
irreconhecível.
9ª. ALITERAÇÃO.
É a repetição de fonemas-consoantes, que resulta num resultado sonoro específico.
Velho vento vagabundo...
Chove chuva choverando.
Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando.
10ª. AMBIGÜIDADE OU ANFIBOLOGIA.
Evite frases ambíguas (confusas) ou de duplo sentido. Ocorrem em conseqüência da má pontuação 
ou da má colocação das palavras.
A ambiguidade deve ser evitada com a utilização de termos que expressem clara e objetivamente o
que se pretende mostrar.
FRASES AMBÍGUAS
CORRIJA AS EXPRESSÕES GRIFADAS PARA
OU
Alice saiu com sua irmã.
a irmã dela
a irmã de uma amiga
Vi José beijando sua namorada.
a namorada dele
a namorada de um amigo
Um ladrão foi preso em sua casa.
na casa dele
na casa da vítima
João ficou com Mariana em sua casa.
na casa dela
na casa dele
Pintaram o quarto da casa em que durmo.
no qual durmo
na qual durmo
11ª. ANULADA.
A redação poderá ser anulada, ou receber nota zero, se:
Estiver ilegível.
Fugir do assunto.
For escrita a lápis.
For escrita com rasuras e sem título.
For apresentada sob a forma de verso.
Não obedecer ao espaço e ao número de parágrafos determinados.
Não seguir as instruções relativas ao tema escolhido.
Tiver menos ou mais linhas do que a quantidade preestabelecida.
Contiver cópias das idéias do texto de motivação, quando este for dado.
Contiver elemento que identifique o candidato (como letra de forma ou de imprensa, por exemplo).
12ª. APOSTO.
Use o aposto — explicação sobre um termo ou expressão da frase — quando, ao mesmo tempo que caracterizar,
 você pretender explicar a própria atitude da personagem.
Mariana, enfurecida, arremessou o valioso colar no rio.
A Universidade pública deve ser defendida por todos, ricos ou pobres.
O estudo do Romeno, língua neolatina como o Português, pode ser bastante facilitado com o uso de uma
gramática comparativa.
13ª. ARGUMENTAR.
Não comece a redação com períodos longos. Exponha logo suas ideias.
Não fundamente seus argumentos com fatos que não sejam de domínio público.
Os argumentos do desenvolvimento da redação devem surpreender o leitor. 
Suas idéias precisam ser saborosas para atrair sua atenção.
Dê sua opinião, argumentando. Não use expressões como eu achoeu penso
para mim ou quem sabe, pois denotam imprecisão em suas ponderações. 
É preciso mostrar conhecimento e domínio sobre o tema que está escrevendo.
14ª. ARTIGO, PREPOSIÇÃO: A, À, PARA, PARA A.
A (artigo): Fui a Salvador (fui e voltei logo).
PARA (preposição). Fui para Salvador (fui e vou passar alguns dias ou morar lá).
À (craseado): Fui à fazenda (fui e voltei logo).
PARA A (preposição + artigo): Fui para a fazenda (fui e vou passar alguns dias ou morar lá).
15ª. ASPAS.
Vêm entre aspas:
Os estrangeirismos (as palavras estrangeiras): “Pizzaria”, “mobylette”, “show”, “vídeo game”. 
Observação: Matinê, buate e pingue-pongue, no entanto, não vêm entre aspas, por serem estrangeirismos
 aportuguesados.
Os apelidos: “Zezinho”, “Juca”, “Nice”.
As citações que não sejam de sua autoria: “Oxalá não se me fechem os olhos sem que o queira Deus”.
 (Rui Barbosa). “Se viveres com dignidade, não melhorarás o mundo, mas uma coisa é certa, haverá na
terra um canalha a menos” (Confúcio). Observação:
 As citações, quando não colocadas entre aspas, constituem plágio, o que é errado e desonesto.
Plagiar, segundo o dicionário do Aurélio, é “assinar ou apresentar como seu obra artística ou científica de outrem”
(de outro autor).
As gírias. Isto é, as palavras usadas em sentido figurado. A festa foi um “barato” (ótima, “legal”).
Não “saquei” (entendi) nada. Aliás, evite usar gírias.
16ª. ASPECTO VISUAL.
Qualidade da letra, margem, espaços entre as palavras, legibilidade, limpeza, pontuação,
 facilidade de leitura, parágrafos (espaços), períodos (se não deixou períodos longos).
17ª. ASSÍNDETO.
É a ausência de conjunções coordenativas no período composto.
Cheguei, vi, venci.
O barco veio, chegou, atracou, chegamos.
18ª. AVALIAÇÃO.
A autocrítica pode ser essencial quando se deseja melhorar o texto.
Avalie o texto. Verifique se as frases soam bem, se não contêm cacófatos ou rimas.
Começou bem a redação e terminou-a melhor ainda?
A avaliação de uma redação segue um critério rigoroso, pois está relacionada à norma culta da 
língua portuguesa.
 Além da parte específica de gramática, muitas vezes recorre-se à grafologia para verificar-se o perfil
psicológico e pendores vocacionais do candidato à função que pleiteia.
19ª. BARBARISMO OU ESTRANGEIRISMO.
É a utilização de palavras ou construções estranhas à língua portuguesa. Evite usá-lo.
ESTRANGEIRISMOS
PREFIRA
Show
espetáculo
Jeans
calça de brim
20ª. BATE-PAPO.
Evite a projeção de bate-papo, ou seja, escrever com estilo coloquial numa redação.
A Guerra do Iraque foi duramente criticada, vai daí que os americanos tiveram abalado seu conceito de
democracia.
A expressão “vai daí que” é da fala coloquial, devendo ser substituída por uma construção mais adequada:
A Guerra do Iraque foi duramente criticada e, em função de sua postura, os americanos tiveram abalado
seu conceito de democracia.
Ele repetia tudo o que dizia, que nem um papagaio de madame.
A palavra adequada é como; “que nem” desmerece o texto em que está inserido, a não ser que represente
a fala popular da personagem.
21ª. BILHETE.
É uma forma de comunicação da língua escrita, bastante simples e breve.
22ª. BOM SENSO.
Evite construções complexas. Leia o texto várias vezes para ter certeza de que ficou claro e preciso.
23ª. BRANCO.
Em caso de dar branco, procure relaxar e tente escrever qualquer coisa, desde que dentro do assunto e
com um mínimo de sentido.
24ª. CABEÇALHO.
Não há pontuação após os dados do cabeçalho.
Faça o cabeçalho de sua redação completo, com todos os dados indispensáveis, dentro da estética,
ou seja, organizado, perfeitamente alinhado um embaixo do outro e no centro do papel.
25ª. CACOFONIA OU CACÓFATO.
É o encontro de sílabas que formam palavras de sentido ridículo ou obsceno, com a produção de
som desagradável.
ORAÇÕES COM CACÓFATOS
ESCREVA-AS ASSIM
Meu coração por ti gela.
Meu coração gela por ti.
Vou-me já para casa.
Já estou indo para casa.
O noivo beijou a boca dela.
O noivo beijou-a na boca.
Nunca gaste dinheiro com bobagens.
Jamais gaste dinheiro com bobagens.
26ª. CALIGRAFIA.
Escreva com capricho e nitidez, procurando tornar sua grafia clara, uniforme e bem legível.
Se tiver a grafia ruim, faça de tudo para melhorá-la, porque uma redação escrita com capricho e
grafia bonita impressiona favoravelmente.
Não invente traços novos nas letras e não enfeite demais as maiúsculas, pois o leitor do texto pode 
não compreender o que você está escrevendo.

27ª. CARACTERÍSTICO.
Observe os seres no que têm de mais característico. Procure traduzir essas impressões ou os fatos sem se
alongar em considerações desnecessárias, que nada acrescentem de importante à cena ou ao fato.
Ombros curvados, cabelos escuros que o pente mal vira, passos arrastados – um homem ainda moço,
levando consigo a carga de uma pesada e infeliz vida.
Em um canto, calada, estava Maria, com seus grandes olhos negros, cabelos que caíam em cascata pelos
ombros, dona de uma beleza intrigante e misteriosa. Para ela tudo era novo e assustador.
28ª. CARTA.
É uma das formas de comunicação da língua escrita, usada desde a antiguidade.
Por meio dela você (remetente) pode dizer às pessoas (destinatários) o que faz, o que pensa, o que deseja.
A primeira carta de que se tem registro foi escrita há 4 mil anos,
na Babilônia e se tratava de uma correspondência amorosa.
29ª. CENA.
Para descrever aspectos de uma cena, veja se deve empregar pronomes indefinidos ou
adjuntos adverbiais, de modo a ordená-la.
A escada já lhe era conhecida. 
No entanto, uma passadeira nova cobria os degraus desgastados,
tentando trazer um pouco de claridade e alegria ao ambiente envelhecido e quase sem vida.
Uma mulher ainda jovem procurava o endereço que trazia nas mãos. Seu olhar vagava aflito.
Quem a observasse poderia confundir aquela expressão ansiosa... 
Na verdade, o que ela esperava é que, realmente, o tal endereço não existisse.
30ª. CHAVÕES, CLICHÊS, FRASES FEITAS, JARGÕES, LUGARES COMUNS, MODISMOS.
Evite-os, pois empobrecem o texto e demonstram a ausência de originalidade,
falta de imaginação e de bom gosto.
A inflação galopante, rigoroso inquérito, vitória esmagadora, astro-rei.
Caixinha de surpresas, nos píncaros da glória, encerrar com chave de ouro, nos primórdios da humanidade.
Não é fácil falar a respeito de… Bem, eu acho que… A esperança é a última que morre. …um dos problemas
mais discutidos da atualidade.
31ª. CLAREZA.
Redija frases curtas e, portanto, use ponto à vontade.
Escreva com toda a simplicidade e clareza, sem embolar o assunto. 
Ser claro é ser coerente, conciso, não se contradizer.
São inimigos da clareza: a desobediência às normas da língua,
os períodos longos e o vocabulário difícil, rebuscado ou impreciso.
O segredo está em não deixar nada subentendido, nem imaginar que o leitor sabe o que se quer dizer.
Evidencie todo o conteúdo da escrita. Lembre-se de que está dando uma opinião, desenvolvendo ideias,
narrando um fato. O mais importante é fazer-se entender.
TEXTOS EMBOLADOS—CONFUSOS
CORREÇÃO
Participei de um campeonato tirei segundo lugar em ping-pong e ganhei medalha de prata.
Participei de um campeonato de “ping-pong”, no qual tirei segundo lugar, tendo ganhado uma medalha de prata. NOTA: “Ping-pong”, entre aspas, por ser estrangeirismo.
Comemoramos o aniversário de meu pai que foi uma surpresa para ele, fizemos um churrasco com muitas bebidas.
Comemoramos o aniversário de meu pai e, como surpresa para ele, fizemos-lhe um churrasco com muitas bebidas.
Na hora de ir embora nós fomos pela canoa, a mesma começou a balançar, eu na ponta da canoa fazendo a danada balançar, teve uma vez que a canoa quase emborcava, eu tomei um choque.
Na hora de voltarmos, viemos numa canoa que começou a balançar, sendo que eu, que estava na ponta da canoa, fi-la balançar mais ainda. Houve um momento em que ela quase emborcava, quando tomei um grande susto. ATENÇÃO: “Tomar um choque” é receber uma descarga elétrica. Portanto, a expressão está usada indevidamente. No caso, a expressão adequada é “tomar um susto”.
32ª. COERÊNCIA. 
A coerência entre todas as partes do texto é fator primordial para se escrever bem.
É necessário que elas formem um todo, ou seja, que estabeleçam uma ordem para as idéias,
se completem e formem o corpo da narrativa. Explique, mostre as causas e as conseqüências.
Em muitas redações fica patente a falta de coerência. O candidato apresenta um argumento e o
contradiz mais adiante. As idéias contidas no texto devem estar interligadas de maneira lógica.
O vestibulando não pode expor uma opinião no início do texto e desmenti-la no final.
Deve-se ter cuidado redobrado para não se cometer esse tipo de erro.
Em vestibular da FUVEST, o candidato saiu-se com a seguinte frase: “...a palidez do sol tropical refletia
nas águas do rio Amazonas”. Convenhamos que o sol tropical pode ser acusado de muitas coisas,
menos de palidez. O riso provocado pela leitura do texto poético é derivado de um caso de incoerência
no uso da imagem.
33ª. COESÃO.
A falta de coesão provoca a redundância. Fica-se dando voltas num assunto, sem acrescentar-lhe nada de novo.
É típico de quem não tem informação suficiente para compor o texto.
Em lugar de:  Comprei sorvetes. Dei os sorvetes a meus filhos.
Deve-se usar: Comprei sorvetes. Dei-os a meus filhos.
34ª. COLISÃO.
É a seqüência desagradável de consoantes ou sílabas idênticas.
ORAÇÕES COM COLISÃO
REDAÇÃO MELHOR
Jorge já jantou.
Jorge acabou de jantar.
O rato roeu a roupa da rainha.
O rato roeu os nobres tecidos que compunham os trajes da rainha.
35ª. COLOQUIALISMO.
Uso da língua na forma como é escrita, ou seja, é uma armadilha para o aluno o emprego de termos coloquiais,
gíria e jargão. Expressões coloquiais só são aceitas na reprodução de diálogos. 
Isso não significa que o texto tenha de ser empolado, de difícil entendimento.
Evite usar as expressões: só queque nemé o seguinte, etc.
36ª. COLORIDA.
Procure dar, às suas personagens, uma linguagem não só adequada, mas, também,
colorida por imagens pertinentes, ligadas a elas e ao assunto.
A senhora soltou um pequeno grito, e o rapaz, de vermelho que estava,
fez-se cor de cera; mas Botelho procurou tranqüilizá-los.
O primeiro raio do sol encontrou Tapirapé moreno, pele molhada,
com cabelo e olho bem cor de noite sem lua, sentado na folha redonda do mururu.
37ª. COMEÇO.
Uma redação não é nenhum bicho de sete cabeças. Respire fundo. Três vezes.
Devagarinho. Deixe o ar chegar lá em baixo, no fundão da barriga. Visualize o umbigo.
Sorria para ele. Por dentro e por fora. Escolha uma frase bem atraente. Pode ser uma declaração,
uma citação, uma pergunta, um verso, a letra de uma música. Depois desenvolva o seu tema.
Cada idéia num parágrafo. Por fim, conclua. Com fecho de ouro.
38ª. COMPARAÇÃO.
É a aproximação de dois termos entre os quais existe alguma relação de semelhança, como na metáfora.
Quando usar comparações, escolha a conjunção que as introduz em função do tipo de linguagem que está
empregada.
Use a comparação, hipotética ou não, quando perceber que estabeleceu entre o
ser que você descreve e outro uma semelhança interessante e que ela vai enriquecer seu texto.
A liberdade das almas, frágil, frágil como o vidro.
A chuva caía como lágrimas de um céu entristecido.
As chamas, como língua de monstro, saíam pelas janelas.
39ª. COMUNICAÇÃO.
Em situações de comunicação descontraída e, sobretudo, oral, você pode,
conforme o caso, substituir o futuro do presente pelo imperativo.
Não saia (sairás) até que tenhamos concluído esta conversa.
Eu não sabia que ele era o meu pai. Veja (verás) que não minto, basta que me dê a oportunidade de provar.
40ª. CONCISÃO.
Elimine palavras ou expressões desnecessárias.
Escreva com clareza e, na medida do possível, diga muito com poucas palavras.
Concisão, clareza, coesão e elegância: palavras-chaves que definem um texto competente num exame vestibular.
Seja claro, preciso, direto, objetivo e conciso. Use frases curtas e evite intercalações excessivas ou ordens
inversas desnecessárias.
O aluno deve expressar o pensamento com o menor número de palavras possível.
Aquilo que é desnecessário deve ser eliminado. A concisão dá ênfase ao estilo.
O prolixo prejudica e enfraquece o texto, além de tirar o brilho de suas ideias.
EM VEZ DE
EMPREGUE
...neste momento nós acreditamos.
...acreditamos.
Travar uma discussão.
Discutir.
41ª. CONCLUSÃO.
Não conclua sua redação, jamais, com as seguintes terminologias: concluindoem resumo,
nada mais havendopoderia ter feito melhorcomo o tempo foi curto, etc.
Termine-a, sim, com conclusões consistentes (e não com evasivas).
42ª. CONCORDÂNCIA.
Cuidado para não cometer erros gramaticais, como de concordância.
Lembre-se de que o verbo sempre concordará com o sujeito e os nomes devem estar concordando entre si.
ERRADO
CERTO
Falta cinco alunos.
Faltam cinco alunos.
Fazem dez dias que não chove.
Faz dez dias que não chove.
Minas férias começou.
Minhas férias começaram. (plural, com plural, isto é, férias concordando com começaram).
Os meninos saltavam descalço sobre as poças d´água da rua.
Os meninos saltavam descalços sobre as poças d´água da rua.
43ª. CONHECIMENTO LINGÜÍSTICO.
Use todo o seu conhecimento gramatical. Faça um rascunho e ao passar o texto a limpo,
observe se faltam acentos, sinais de pontuação, se há erros de grafia, termos de gíria, impropriedade vocabular.
44ª. CONJUNÇÃO.
Seja cauteloso ao utilizar as conjunções comoentretantono entantoporém. Quase sempre são dispensáveis.
Evite o exagero de conectivos (conjunções e pronomes relativos) para evitar a repetição e para não
alongar períodos.
Para mostrar hipóteses diferentes, as dúvidas e conflitos de reflexão da personagem,
explore as conjunções alternativas e adversativas.
Sim, sou homem e deixei-me levar por meus instintos. Como a senhora deve saber,
sou respeitador. Nada farei que desabone a minha conduta.
Elvira era simplesmente uma entre as outras empregadas domésticas da mansão. Tinha,
no entanto, seus sonhos, alguns até mesmo ousados, e uma quase certeza de conseguir alcançá-los.
Mas como? Decidiu, após muito pensar. Se ficasse mais algum tempo naquele trabalho, 
poderia conseguir uma promoção para chefe das serviçais ou, pelo menos, um aumento no ordenado,
já que desempenhava com esmero suas funções. E, a partir dessa convicção, tornou-se exemplar.
45ª. CONJUNTO.
Quando quiser descrever um conjunto, empregue termos indicadores de lugar que revelem posição,
aproximação ou afastamento de aspectos diferentes do conjunto.
Estavam todos os cavaleiros em volta da mesa. Nem todos, porém,  tinham o mesmo prestígio na corte.
Perto do rei estavam os mais destacados nobres: Marcelo, à esquerda; Eduardo, à direita.
O primeiro trajava negro com as insígnias reais e o brasão de família.
O segundo trajava azul e não trazia insígnias. Uma armadura reforçada cobria seu tórax.
46ª. CONSTRUÇÕES.
Não escreva construções como lá em Recifeaqui em Salvador mas, sim, em Recifeem Salvador.
47ª. CONTEÚDO.
Um bom texto não é apenas o texto correto, sem erros gramaticais. Ele deve ter conteúdo.
O conteúdo, que vale, no mínimo, 5 (cinco) pontos numa redação,  não pode ser ridículo, nem infantil,
mas deve ser simples.
Tome-se, como exemplo, o seguinte tema: O Acidente Nuclear de Chernobyl. Ao redigir sobre esse tema,
não se pode esquecer, de forma alguma, de abordar os seguintes assuntos:
Nos próximos 30 (trinta) anos ainda vão morrer mais de 5 mil pessoas na Rússia e em países circunvizinhos,
em consequência desse acidente.
A economia dos países vizinhos foi enormemente prejudicada, porque eles foram contaminados pela
radioatividade.
Mais de 100 mil habitantes da cidade de Kiev foram evacuados, para que ela fosse despoluída,
tornando-se uma cidade fantasma.
Os programas de energia nuclear foram quase  totalmente paralisados, em todo o mundo,
em razão dessa terrível tragédia.
Ficou comprovado, com esse acidente, que o homem ainda não está dominando, inteiramente,
com segurança, a tecnologia da energia nuclear. A sua utilização e expansão, portanto, precisa ser repensada.
Faça sempre uma análise crítica do que escreveu, como, por exemplo, através das seguintes perguntas:
Sua redação é interessante? A leitura do texto é agradável? Tem boas idéias?
O texto dá uma boa idéia daquilo que foi descrito? O texto está bem organizado?
Presume-se que o candidato prestes a ingressar numa universidade tenha certa cultura.
Assim sendo, não pode encarar o tema da redação de modo infantil ou rasteiro.
É por meio do conteúdo, especialmente, que o professor irá aquilatar a capacidade ou o
grau de conhecimento do aluno.
48ª. CONTO.
É a mais breve e simples narrativa, centrada em um episódio da vida.
49ª. CONTRADIÇÃO.
Para desenvolver a impressão de contradição, use conjunções adversativas.
Se for o caso, varie as conjunções, observando as que se prestam a determinada situação.
Um homem gordo, bem vestido, porém sem pompa, saiu logo a seguir. Dirigiu-se ao carro,
com passo leve e animado, mas não entrou.
O caso estava praticamente resolvido, mas alguma coisa ainda perturbava o Inspetor.
A testemunha jurara ter dito a verdade, contudo sua voz não parecia firme como deveria estar
naquela circunstância.
50ª. CONTRASTE.
Para manter a curiosidade do leitor com relação a personagens (ou cenário) contrastantes,
oponha um a um os elementos em contraste.
Letícia, bonita, rica e cheia de preconceitos, olhava com  desprezo a jovenzinha mirrada e
pobremente vestida que tentava vender doces, aproveitando o sinal fechado.
A magreza e a palidez da jovem que se inspirava nas modelos de passarela, contrastava
violentamente com as faces coradas e cheias de vida da amiga saudável, cujos padrões de
estética divergiam frontalmente das de sua companheira.
51ª. COORDENAÇÃO.
Coordene suas idéias como se estivesse contanto uma história: o seu texto deve ter início (introdução),
meio (desenvolvimento) e fim (conclusão).
52ª. COR.
Escreva apenas com caneta preta ou azul. O rascunho ou o esboço das idéias podem ser feitos
a lápis e rasurados. O texto não será corrigido em caso da utilização de lápis ou  caneta vermelha,
verde, etc na redação definitiva.
53ª. CORREÇÃO GRAMATICAL.
A linguagem utilizada na redação precisa estar de acordo com a norma culta,
ou seja, deve obedecer aos princípios estabelecidos pela gramática.
Tenha o máximo de cuidado para que sua redação não apresente, principalmente,
nenhum erro de ortografia, acentuação, pontuação e concordância, seja ela verbal ou nominal.
Conhecer as normas que regem o uso da língua é fundamental para a produção de um texto correto.
Em caso de dúvidas na redação, consulte sempre um bom livro de gramática.
54ª. CRASE.
Expressões com crase: À beça, à toa, etc.
Uso corriqueiro da crase, mas absolutamente errado: Marcelo reside à Rua (Avenida, Praça, etc).
O correto é: Marcelo reside na  Rua, na Avenida, na Praça, etc. (Quem reside, reside em algum lugar).
55ª. CRIATIVIDADE.
É claro que uma abordagem original do tema valoriza seu texto. No entanto,
o vestibulando deve ter cuidado para não confundir criatividade com idéias esdrúxulas.
Na gíria estudantil, não viaje.
Lembre-se: Ninguém pode exigir que escreva bem, como um escritor, pois isto pressupõe talento;
as faculdades querem que se escreva certo.
56ª. CRÍTICA.
É um tipo de redação que aprecia e avalia livros de caráter científico ou literário, 
além de manifestações artísticas ligadas ao cinema, ao teatro, à música, etc.
Habitue-se a criticar sua redação, procurando ver se todos os seus pormenores 
colaboram para criar a idéia que tem em mente.
Solicite a uma terceira pessoa, de bom conhecimento técnico ou nível escolar,
para ler e fazer críticas sobre o seu texto, pois a leitura demasiada de nossos próprios
trabalhos torna-nos cegos para determinados pontos.
57ª. CRÔNICA.
É uma narrativa curta que retrata, em geral, fatos do cotidiano, presenciados ou não
pelo narrador, escrita numa linguagem leve, de caráter jornalístico.
58ª. CURRÍCULO.
É um documento que reúne as informações profissionais para alguém que se candidata a um emprego.
Contém objetivo, formação escolar, idiomas que domina, experiência profissional, pretensão salarial, etc.
59ª. DESCRIÇÃO.
Descrever é fazer um retrato com palavras, isto é, apresentar, detalhadamente, características de pessoas,
animais, objetos, lugares, etc.
Quando quiser estabelecer uma ordem cronológica na sua descrição, mostrando as mudanças sucessiva
da paisagem, use termos que indicam sucessão (sobretudo adjuntos adverbiais de tempo).
60ª. DESENVOLVIMENTO.
É a redação propriamente dita. No desenvolvimento, o aluno deverá discutir os argumentos
apresentados na introdução. Em cada parágrafo, escreve-se sobre um argumento.
Tenha sempre em mente que o examinador de sua dissertação provavelmente seja uma pessoa culta,
que lê bons jornais e revistas e tem bastante conhecimento geral, portanto não generalize.
É a parte mais importante em qualquer texto. É quando podemos nos aprofundar nas idéias que,
por enquanto, foram apenas mencionadas na introdução. Os argumentos devem ser apresentados em
função da idéia e organizados com clareza para não confundir o leitor. Devemos ser cuidadosos para que 
o texto não se torne inconsistente e imaturo por falta de informação de nossa parte.
Para isso, é preciso que nos ilustremos, lendo revistas, jornais e livros; assistindo a noticiários na televisão;
 freqüentando o maior número possível de produções culturais a que tivermos acesso - teatro, “shows”,
 exposições, etc. Em qualquer uma dessas atividades, assuma uma posição crítica questionadora que
resultará em análises objetivas e, conseqüentemente, em julgamentos coerentes.
Evite radicalismos, ofensas pessoais, nacionalismos piegas e “achismos” (eu acho, eu penso)
61ª. DIÁLOGO.
É a conversa entre duas ou mais pessoas. A fala de cada personagem é indicada, na escrita, por um travessão.
Ao apresentar um diálogo, ou a personagem pensando, use o presente do indicativo para sugerir a proximidade
do fato futuro.
62ª. DIÁRIO.
É uma das formas do registro do mundo interior, ou seja, das confissões, dos segredos, etc, de uma pessoa.
63ª. DICAS.
Ao escrever uma redação, faça, primeiramente, uma lista de tudo o que lhe vier à memória.
Quanto mais idéias, melhor.
Não se preocupe em saber se as idéias são boas ou más. Escreva-as, simplesmente.
Anote tudo, sem ordem, sem critério, sem censura.
Use palavras simples e frases curtas.
Selecione as idéias e estruture o seu texto.
64ª. DICIONÁRIO.
Em vez de sair por aí “chutando” palavras cujos significados você não conhece bem, utilize-se de um bom
dicionário, em livro ou disquete, para aumentar o vocabulário.
65ª. DIMINUTIVO.
Use o diminutivo com muito cuidado, e sempre quando for importante marcar a dimensão dos seres,
ou a afetividade (carinho, desprezo) da personagem com relação a esses seres.
Pegou o banquinho para apoiar o pé enquanto tocaria violão.
Disse para a avozinha que lhe traria o doce de goiaba de que tanto gostava.
66ª. DISCUSSÃO.
Falar e ouvir são meios de desenvolvimento do espírito humano. O debate de idéias pode levar a
um resultado enriquecedor.
67ª. DISSERTAÇÃO.
Nunca se inclua em sua dissertação, principalmente para contar fatos de sua vida particular.
É uma redação que, através do raciocínio, expõe idéias, doutrinas, impressões, pontos de vista.
Utilize sempre, em suas dissertações, a primeira pessoa do plural em vez da primeira pessoa do singular.
A dissertação é a forma mais comum de redação. É a mais solicitada nos exames vestibulares e provas
de colégio.
Dissertar é defender uma opinião a respeito de determinada questão. Para isto, precisamos conhecer
o assunto e refletir sobre ele.
É analisar um assunto proposto, emitindo opiniões gerais. Deve ser feito de modo impessoal e
com total objetividade. Essa visão imparcial perde-se quando o autor confunde a problemática que
está analisando com os problemas particulares que possa ter.
68ª. DIVAGAR.
Estou sem inspiração para fazer uma redaçãoEscrever sobre a situação dos sem-terra?
Bem que o professor poderia propor outro tema.” 
Não fale de sua redação dentro do próprio texto, porque isso demonstra insegurança e vazio de idéias.
Ademais, sua nota ficará seriamente comprometida quando da avaliação do conteúdo.
69ª. DOIS PONTOS.
As citações vêm sempre após dois pontos.
Lá, fiz diversas coisas: tomei banho de piscina, na sauna, montei cavalo e charrete, comi cacau, etc.
Use dois pontos, antes de uma enumeração, se quiser valorizar os termos que a constituem.
Descobri a grande razão da minha vida: você.
Já dizia o poeta: Deus dá o frio conforme o cobertor.
70ª. E (minúsculo).
Faça-o um pouco aberto, para não ficar parecendo “i”, de forma que o seu interior apareça com toda a nitidez.
71ª. ECO OU ASSONÂNCIA.
É a repetição desnecessária de palavras terminadas pelo mesmo som, provocando rimas desagradáveis,
com um ritmo batido e monótono.
FRASES COM ECO
ESCREVA-AS ASSIM
Neste momento eu tive um aumento devencimento.
Tive aumento de salário.
Clementecertamente, está descontente com oparente.
Clemente, com certeza, está aborrecido com o primo dele (como poderia ser irmão, etc).
72ª. EDITORIAL.
É um artigo que exprime a opinião do órgão jornalístico. É o jornalismo opinativo.
73ª. ELEGÂNCIA.
A leitura de um texto elegante, que deve ser criativo e original, torna-se agradável ao leitor.
Fuja de gírias e palavrões. Mantenha uma certa elegância no seu texto, sem cair em pedantismos exagerados.
A elegância começa pela própria apresentação do texto, ou seja, limpo, sem borrões ou rasuras, e com letra
bem legível. Importantíssimo atentar, também, para a correção gramatical, a clareza, a concisão e
para o conteúdo da redação, que deve ser original e criativo.
74ª. ELIPSE.
É a omissão de um termo previsível, subentendido, que deixa de ser expresso por ser óbvio,
mas também confere elegância à frase.
Vida interessante, a dele...
Na rua, um malvado; em casa, um santo.
A casa era pobre. Os moradores, humildes.
75ª. EM, NO, AO, NA, À.
ERRADO
CERTO
Fui em Jequié, na fazenda, no jogo.
Fui a Jequié, à fazenda, ao jogo. A regência do verbo ir exige preposição “a” e não “em”. (Quem vai, vai a algum lugar, e não em algum lugar).
76ª. EMBROMAÇÃO.
É o famoso enche lingüiça. Fica-se dando voltas no mesmo lugar, usando-se palavras vazias e embromatórias.
A vida, única e exclusivamente, é tão complexa que, apesar de tudo, não obstante o que possam dizer,
torna-se altamente problemática.
77ª. EMOÇÃO OU LINGUAGEM EMOCIONAL.
Não analise os temas propostos movido por emoções exageradas. Mantenha-se imparcial em quaisquer
circunstâncias.
Não transforme seu texto em desabafo nem em panfleto, com linguagem apaixonada.
A emoção deve ficar no rascunho, 
enquanto que no texto definitivo você deve chamar a razão para auxiliá-lo.
Quando nos exaltamos a respeito de determinado assunto ou sobre a pessoa de quem estamos falando,
infringimos a boa norma da escrita padrão, por fazermos uso de juízos de valor sobre os fatos.
A objetividade é imprescindível, a fim de que o texto se mantenha imparcial e claro.
Existem alguns temas dissertativos que envolvem a análise de assuntos dramáticos,
que causam revolta e indignação pela própria gravidade de sua natureza. 
Porém, por mais revoltante que se mostre o assunto tratado, ele deve ser abordado de modo
comedido e, se possível, imparcial. Não devemos deixar nossas emoções interferirem demasiadamente
na análise equilibrada e objetiva que precisa transparecer em nossas redações, porque elas impedem que 
ponderemos outros ângulos da questão. Só assim, com a predominância da argumentação lógica,
ela se mostrará convincente.
Os noticiários apresentam-nos todos os dias crimes bárbaros cometidos por verdadeiros animais,
que deveriam ser exterminados, um a um, pela sua perversidade sem fim.
Muitos menores que perambulam pelas ruas e se tornam delinqüentes são vítimas indefesas
de um governo ineficiente, que não se preocupa e não respeita o direito que eles têm à educação.
78ª. ENCHE LINGUIÇA.
Não espiche o assunto, isto é, não diga com 8 (oito) palavras o que pode dizer com 5 (cinco).
Seja objetivo e direto.
Encher lingüiça é, também, repetir idéias, a saber, tornar a abordar um assunto com palavras
diferentes sobre o qual já tinha escrito anteriormente.
Exemplos de expressões muito usadas por quem gosta de encher linguiça:
Antes de mais nadamuito pelo contráriopor outro ladopor sua vez, etc.
ERRADO
CERTO
Em um dos domingos que passaram, eu tinha ido a Itabuna…
Num domingo, fui a Itabuna…
Durante esses dias de minhas férias, brinquei de diversas brincadeiras…
Em minhas férias, brinquei muito…
79ª. ÊNFASE.
Chame a atenção para o assunto com palavras fortes, cheias de significado,
principalmente no início da narrativa. Use o mesmo recurso para destacar trechos importantes.
Uma boa conclusão é essencial para mostrar a importância do assunto escolhido.
Remeter o leitor à idéia inicial é uma boa maneira de fechar o texto.
80ª. ENTREVISTA.
É o encontro de duas pessoas em que uma interroga (entrevistador) a outra (entrevistado)
sobre suas ações ou idéias. Um conjunto, portanto, de declarações de uma determinada pessoa,
que autoriza, implícita ou formalmente, sua publicação.
81ª. ENUMERAÇÃO.
Use a enumeração quando quiser reforçar determinada sugestão ou quando quiser sugerir variedade,
multiplicidade, coisas intermináveis. Em frases separadas, os membros da enumeração ficam mais
realçados ainda.
Muitas virtudes deve ter o político: honestidade, iniciativa, inteligência, ponderação.
A história ia longe: era um festival de exageros, um esmiuçamento de detalhes fúteis,
um conjunto longo de fofocas, mais as ofensas e a grosseria de falar de quem não estava 
presente para defender-se. O homem desatinava. Pensava um verbo, corrigia-se ou pedia a
alguém para lembrar-lhe a palavra injuriosa que queria dizer. Soltava mais uns três impropérios.
Desandava a emendar e emendar. No final, a platéia estava atônita, angustiada de aflição e
agradecendo a despedida do sujeito.
82ª. ERROS.
Anote os erros mais freqüentes para servir-lhe de apoio para no futuro não cometê-los mais.
Já ouviu aquela máxima que diz: Errar é humano, mas permanecer no erro é diabólico?
83ª. ERUDIÇÃO. PEDANTISMO.
É escrever usando palavras difíceis e desconhecidas, para tentar impressionar os outros. 
Não seja pretensioso nem erudito.
Lembre-se de que escrever bem é redigir com simplicidade, clareza, concisão, correção e elegância.
Adianta alguma coisa escrever um monte de palavras difíceis, complicadas, que ninguém vai entender?
 Comunicar-se é fundamental.
TEXTOS ERUDITOS
Inobstante o exposto, deve-se buscar o contraditório.
A nível de personalidade, os brasileiros são muito cordiais.
TEXTO EXTREMAMENTE PEDANTE
Os homens se contendem pelas protuberâncias conexas das excentricidades congêneres da apologética, silontrando a insipidez patológica das homogeneidades mórbidas, farpantes em que o ostracismo melancólico de um traumatismo espontaneamente uniforme e retilíneo, engavela os insignes caracóides mentores das obrividências, nos epídotos escalenos de filisteus e trogloditas, enviperando genetrises macropétalas de um púlcaro desnalgado e exaurível, bacorejando páramos tripétalos de lucidez sem nexo.
84ª. ESCREVER.
Não existem fórmulas mágicas para se redigir bem. O exercício contínuo, aliado à constante 
leitura de bons autores e à reflexão, é indispensável para a criação de bons textos.
Enganam-se aqueles que pensam que é fácil escrever. Todos os grandes escritores 
desmentem o mito da inspiração. Uma das frases mais famosas sobre o assunto afirma o seguinte: 
"O ato de redigir requer 1% de inspiração e 99% de transpiração".
Se você se limitar a repetir o que todo mundo escreve, com medo de errar, 
provavelmente cairá no lugar-comum e na mediocridade. Inove sempre, sem medo. 
Seja atrevido! A segurança virá aos poucos e com a satisfação de perceber que fez algo seu, 
com seu próprio padrão de qualidade.
Quer escrever bem? Leia, então, muito e sempre.
É atividade que requer treino, perseverança e até uma boa dose de teimosia. 
Ninguém nasce sabendo redigir bem.
Escreva na ordem direta, dispense os detalhes irrelevantes e vá diretamente ao que interessa, sem rodeios.
Redigir bem é uma questão de prática, como qualquer outra atividade. Ninguém vai ensiná-lo a pintar 
segurando os pincéis para você. 
Se quiser escrever bem, leia muito e sempre.
Uma redação bem escrita é vaga garantida para o ingresso à universidade.
Escreva diários, cartas, e-mails, crônicas, poesias, redações, qualquer texto.
Só se aprende a escrever, escrevendo.
Escrever é falar no papel, e sem rascunho é impossível.
Escreva sem medo e sem preguiça, fazendo vários rascunhos, lendo em voz alta o texto escrito para
descobrir as falhas.
Muitas vezes a impropriedade vocabular se transforma claramente em erro, às vezes grosseiro.
O relâmpago atingiu o ônibus. O que atingiu o ônibus foi o raio. Havia cem pessoas no féretro.
O féretro é o caixão, e não o enterro.
Redigir bem depende de bastante leitura (jornais, livros, revistas),
que lhe fornecem informações novas e atuais, e de muita prática.
Todos os dias, antes de dormir, sente-se num local adequado e confortável
em seu quarto e escreva em uma folha de papel como foi o seu dia. Eis um bom começo.
Adquira o hábito de escrever, exercitando-se, principalmente, com os temas que têm caído 
nos vestibulares mais recentes. Meça bem as palavras, usando as mais simples,
não se esquecendo de acentuá-las e pontuá-las com precisão. Jamais se desvie do tema.
Seja o mais claro possível. Mostre raciocínio lógico, agudeza mental, inteligência e conhecimentos.
Texto bom e legível é aquele no qual as palavras estão adequadamente dispostas na frase, com elegância, 
precisão, clareza e objetividade.
85ª. ESPAÇOS ENTRE LINHAS.
O cabeçalho da redação deve começar na primeira linha do papel.
O título, uma ou duas linhas após a última linha do cabeçalho. A redação, uma ou duas linhas depois do título.
86ª. ESPAÇOS ENTRE PALAVRAS.
Use espaços normais entre as palavras, devendo estas ficar nem muito distanciadas nem muito
próximas umas das outras.
87ª. ESQUEMA.
Antes de iniciar a redação (antes mesmo do rascunho), faça um esquema de um roteiro de idéias.
O esquema é um mapa e um guia, que evitará desvios ou retrocessos quando da elaboração do texto.
Esquematizar é planejar. É caminhar com os olhos abertos. É saber o terreno onde pisa. 
É dar à redação um destino, um sentido, um fim.

88ª. ESTÁTICA.
Sempre que quiser apresentar uma cena estática, evite a repetição dos verbos ser e estar e empregue
frases nominais.
Papéis por toda a parte. Memorandos, relatórios, ofícios, anotações.
Roberto, paralisado, no meio da rua. Sentado. Olhar ao longe. Tristeza.
89ª. ESTÉTICA.
Capriche na parte estética de sua redação, ou seja, faça letras bonitas e bem legíveis,
margens regulares, espaço uniforme no início do parágrafo, tudo isso sem qualquer tipo de rasura.
90ª. ESTICAR.
Expedientes muito usados para “esticar” uma redação, mas que não enganam ninguém, muito menos
uma banca corretora: Letra muito grande ou espichadanova margemenormes margens de parágrafo,
paragrafação excessivacitações falsas ou impertinentes, etc.
91ª. ESTILO.
Você já ouviu alguém dizer que cada pessoa tem uma maneira diferente (estilo) de escrever?
 Paulo Mendes Campos, já falecido, que foi um dos maiores cronistas brasileiros, era um grande estilista.
Veja, a seguir, alguns textos deliciosos e imperdíveis!
ESTILO NÉLSON RODRIGUES.
Usava gravata cor de bolinhas azuis e morreu!
ESTILO INTERJETIVO.
Um cadáver! Encontrado em plena madrugada! Em pleno bairro de Ipanema! Um homem desconhecido!
Coitado! Menos de quarenta anos! Um que morreu quando a cidade acordava! Que pena!
ESTILO COLORIDO.
Na hora cor-de-rosa da aurora, à margem da cinzenta Lagoa Rodrigo de Freitas, quem via de cor preta
encontrou o cadáver de um homem branco, cabelos louros, olhos azuis, trajando calça amarela,
casaco pardo, sapato marrom, gravata branca com bolinhas azuis. Para este o destino foi negro.
ESTILO PRECIOSISTA.
No crepúsculo matutino de hoje, quando fulgia solitária e longínqua a Estrela-d´Alva, 
o atalaia de uma construção civil, que perambulava insone pela orla sinuosa e murmurante de uma
lagoa serena, deparou com a lúrida visão de um ignoto e gélido ser humano, 
já eternamente sem o hausto que vivifica.
ESTILO SEM JEITO.
Eu queria ter o dom da palavra, o gênio de Rui e o estro de um Castro Alves, para descrever o 
que se passou na manhã de hoje. Mas não sei escrever, porque nem todas as pessoas que têm 
sentimentos são capazes de expressá-los. Mas eu gostaria de deixar, ainda que sem brilho literário,
 tudo aquilo que senti. Não sei se cabe aqui a palavra sensibilidade. Provavelmente não.
Talvez seja uma tragédia. Não sei escrever, mas o leitor poderá perfeitamente imaginar o que aconteceu.
Triste, muito triste. Ah, se eu soubesse escrever.
92ª. ETC.
Evite escrever o termo “etc”, por ser incompleto, a não ser em casos especiais, para determinadas sugestões.
93ª. EUFEMISMO.
É o mesmo que suavização ou abrandamento. Trata-se do uso de uma expressão menos áspera,
rude e chocante com relação a uma realidade.
Ele deu seu último suspiro.
Você faltou com a verdade a um homem.
José desviou recursos dos cofres públicos.
94ª. EVITE.
Termos e expressões supérfluas (desnecessárias), excesso de adjetivos, intercalações desnecessárias,
digressões inúteis (“enche linguiça”), períodos extensos e confusos. Tudo isso leva à prolixidade, que deve
ser evitada.
95ª. EXCLAMAÇÃO.
Não exclame a todo momento. Procure palavras fortes e convincentes.
96ª. EXEMPLOS.
Evite mau uso de exemplos, ilustrações, citações.
Aqui, os aposentados recebem vinte salários mínimos por mês. Dado incorreto, porque,
na verdade, apenas alguns aposentados recebem a referida quantia.
Obedecer uma ordem cronológica é um maneira de se acertar sempre.
Parta do geral para o particular,
do objetivo para o subjetivo, do concreto para o abstrato. Use figuras de linguagem para que o texto
fique interessante. As metáforas também enriquecem a redação.
97ª. EXPERIÊNCIA.
Use sua experiência de vida para produzir textos. Ouse, incorpore personagens, envolva-se na trama,
sinta, julgue, denuncie, critique, manifeste-se, viva o tema. Evite chavões e clichês.
98ª. EXPRESSÃO.
Nunca escreva uma expressão que desconheça, pois os erros de ortografia e acentuação tiram
pontos preciosos de uma redação.
Não exagere no uso das expressões: a nível deatravés dedevido aface afrente atendo em vista, etc.
99ª. EXPRESSÕES GASTAS.
Você pode ter conhecimento do vocabulário e das regras gramaticais e, assim, construir um texto sem erros.
Entretanto, se reproduz sem nenhuma crítica ou reflexão expressões gastas, vulgarizadas pelo uso contínuo, 
a boa qualidade do texto fica comprometida.
100ª. EXPRESSÕES POPULARES.
Não use expressões populares e cristalizadas pela população, mormente na dissertação,
que é um trabalho muito técnico. 
101ª. EXPRESSÕES VULGARES.
Jamais use expressões vulgares ou chulas.
102ª. EXTENSÃO.
Num exame vestibular, ou numa redação de colégio, o professor corrigirá ou avaliará, em curto espaço de tempo,
centenas de redações. Por este motivo, pede-se que os candidatos ou alunos escrevam um número limitado
de linhas.
Qualquer exagero representa um fator grandemente desfavorável ao estudante.
Mais importante do que escrever muito é o candidato ou aluno ter tempo para rever a sua redação.
103ª. FÁBULA.
É uma pequena história (uma narrativa inverossímil), com fundo didático, que tem como
objetivo transmitir uma lição de moral.
A VIÚVA.
Quando a amiga lhe apresentou o garotinho lindo dizendo que era seu filho mais novo,
ela não resistiu e exclamou:
— Mas, como, seu marido não morreu há cinco anos?
— Sim, é verdade — respondeu a outra, cheia de compreensão, sabedoria e calor que
 fazem os seres humanos — mas eu não!
MORAL: NÃO MORRE A PASSARADA QUANDO MORRE UM PÁSSARO.
104ª. FANTASIA.
Para criar o tema de fantasia, dê preferência ao emprego do verbo no pretérito imperfeito.
Fazia tempo que não se encontravam, mas a memória continuava clara e, a qualquer momento, 
haveriam de estar novamente juntos, rememorando o feliz passado.
Era uma tarde de tempo feio e frio no norte da Virgínia, há muitos anos. A barba do velho estava
coberta de gelo e ele esperava alguém para ajudá-lo a atravessar o rio. A espera parecia não ter fim.
105ª. FICÇÃO.
Quando sua redação for uma ficção, ou quando quiser fazer alusão a determinados tipos, aproveite
os nomes próprios para auxiliar nas sugestões pretendidas.
Sempre se metia nas questões alheias, tentando encontrar uma solução.
 Era praticamente um dom-quixote de saias, tamanha ingenuidade.
Jonathan era um pequeno mirrado, pardinho, filho da catadora de papel. 
Mas a mãe lhe escolhera esse nome elegante, pois adorava assistir na sua TV em preto e branco,
o Casal 20, série de sucesso dos anos 80.
106ª. FIGURAS DE LINGUAGEM.
À procura de melhor expressar seus sentimentos, emoções e pensamentos,
a fim de procurar uma linguagem que seja mais expressiva, original ou criativa, os trabalhadores 
da palavra valem-se de figuras estilísticas.
107ª. FINALIZAR.
Evite finalizar sua redação (é o principal defeito), principalmente com as expressões: 
em resumoenfimfinalmentepor fim. Termine-a naturalmente, sem se utilizar de chavões.
108ª. FORMA.
Sempre que possível, ao usar a mesma relação ou idéia num texto, varie a forma de expressá-la.
Como aperfeiçoar a forma? Pelo exercício constante e cuidadoso! Exercitar-se quer dizer escrever 
e ler bons autores.
Cada estudante tem sua maneira de escrever. Não possui um sentido definido. 
Porém, é inegável que já tem um jeito próprio.
Por forma, entende-se o desembaraço de expressão, a procura de imagens e comparações, 
a busca da palavra apropriada, a utilização, enfim, dos recursos mais eficientes e belos na transmissão
das idéias. Forma é harmonia e sonoridade da frase.
Há palavras que ninguém emprega. Às vezes uma que outra se escapa e vem luzir-se desdentadamente,
em público, nalguma oração de paraninfo. Pobres velhinhas... Pobre velhinho!
A guerra sempre traz destruição e morte. No entanto, depois dessa cruel forma de demonstrar
a superioridade do vencedor, os vencidos levantam a cabeça, enchem-se de um patriotismo
vibrante e se empenham em levantar seu país.
109ª. FRASES ADEQUADAS.
ERRADO
CERTO
…grande número de mortos…
…muitos mortos…
Todo mundo gostou.
Todos gostaram.
causou desastre na agricultura.
causou prejuízos à agricultura.
110ª. FRASES COMPLETAS.
Escreva as frases com sentido completo.
FRASES COM SENTIDOS INCOMPLETOS
CORRIJA-AS PARA
Chegando lá, fomos para o apartamento. (Apartamento de quem?).
Chegando lá, fomos para o apartamento de uma amiga.
Fui à capital. (Que capital?).
Fui a Salvador, ao Rio de Janeiro, etc.
111ª. FRASES CURTAS.
Use frases curtas e inteligentes. Com elas, tropeçará menos nas vírgulas, nos pontos ou nas reticências.
Uma frase longa”, ensinou Vinícius de Moraes, “não é nada mais que duas curtas.”
Só em discursos é que se usam períodos longos.
112ª. FRASES FRAGMENTADAS.
Evite as frases fragmentadas, que separam indevidamente o sujeito do predicado.
TEXTOS COM FRASES FRAGMENTADAS
CORRIJA-OS PARA
Comi o doce e gostei.
Comi o doce e gostei dele.
Disse que faria e fez.
Disse que faria o serviço e realizou-o a contento.
Tentei convencê-lo. Ele estava com a razão.
Tentei convencê-lo de que estava certo.
Entrou em pânico. O elevador trancara. Havia faltado luz.
Entrou em pânico porque o elevador trancara com a falta de luz.
O Amazonas possui recursos inesgotáveis. O maior estado do Brasil.
O Amazonas, que é o maior Estado do Brasil, possui recursos inesgotáveis.
113ª. FRASES INTRINCADAS E DESCONEXAS.
O estudante deve ser orientado a escrever com clareza. Não há lugar numa redação para períodos
confusos, de difícil entendimento. Nem para a repetição de palavras, frases, idéias e períodos 
demasiadamente longos. São eles os maiores inimigos da clareza.
114ª. FRASES REPETIDAS.
Evite usar frases desnecessárias ou repeti-las.
FRASES REPETIDAS
CORRIJA-AS PARA
Um mundo de sonhos era o mundo em que ela vivia.
Ela vivia num mundo de sonhos.
Depois de todos esses dias que passei lá, que foram uns dias maravilhosos
Depois de todos esses dias que passei lá, que me foram maravilhosos
Os policiais, que são agentes da polícia, entraram no banco armados com armas pesadas.
Os policiais entraram no banco com armas pesadas.
115ª. FRASES. ESTRUTURA.
Erros de concordância nos tempos verbais, fragmentação da frase, separando sujeito de predicado,
utilização incorreta de verbos no gerúndio e particípio são algumas das falhas mais comuns nas redações. 
Esses erros comprometem a estrutura das frases e prejudicam a compreensão do texto.
116ª. GENERALIZAR.
Evite empregar os seguintes vocábulos genéricos: coisadarfazerninguémnuncasempreserter
todo mundo, etc.
Em se tratando de dissertação, é sempre pecado mortal generalizar conceitos, pois acabam soando
como preconceitos. Idéias muito ampliadas nada significam.
Não generalize. Seja específico, utilize argumentos concretos, fatos importantes.
Uma redação cheia de generalizações demonstra falta de cultura e de conhecimentos 
gerais de seu autor. Uma maneira prática para solucionar o problema é a leitura de qualquer gênero,
como jornais, revistas e livros. Assista a programas de reportagens, a filmes, a documentários.
Interesse-se pela cultura. Alimente sua inteligência.
GENERALIZAÇÕES QUE PECAM PELA IMPRECISÃO:
As crianças são inocentes.
Os homens batem nas mulheres com freqüência.
Os homossexuais são desavergonhados.
Todo político é ladrão.
Os velhos são sábios.
117ª. GERÚNDIO.
Evite a predominância do uso do gerúndio, pois este empobrece o texto. Prefira orações desenvolvidas
ou o verbo na forma finitiva mais conjunção.
Use o verbo no gerúndio somente quando quiser caracterizar os seres enfatizando suas ações.
118ª. GÍRIA.
 As gírias são um meio de expressão perfeitamente aceitável em certos momentos de textos narrativos,
em especial nos diálogos travados por alguns personagens. Tornam-se, entretanto, completamente 
inadequadas quando usadas em uma dissertação.
Jamais use gírias ou qualquer outra variação lingüística que limite o entendimento do texto.
Somente use gírias se o assunto e suas personagens exigirem na situação apresentada.
Com isso, poderá aumentar o realismo da narração.
FRASES COM GÍRIAS
PREFIRA
O marmanjo bolou um jeito maneiro de se pirulitar.
O homem criou uma forma inteligente de fugir da situação.
O cara deve procurar sacar se a lei está com ele ou não.
O cidadão deve procurar certificar-se de que está agindo dentro da lei.
Fiquei gamado naquele broto porque ela é bacana pra chuchu.
Fiquei apaixonado por aquela garota, porque ela é muito simpática e atraente.
O deputado pisou na bola e deu a maior bandeira no seu depoimento.
O deputado cometeu um erro e acabou se comprometendo no seu depoimento.
119ª. GRAFIA.
Prefira as palavras de grafias fáceis (mais fáceis de serem escritas). Lembre-se de que a 
língua portuguesa é muito rica em sinônimos.
Tome cuidado com a grafia de palavras que não conheça. Quando tiver dúvidas, consulte o
 dicionário. Se não for possível, substitua a palavra por outra cuja grafia você conheça bem.
Portanto, descarte palavras de grafia duvidosa.
EM VEZ DE
PREFIRA
Escassa
Rara
Neném
Criança
Sucinto
Breve
Exíguo
Pequeno
Expor
Mostrar
Parcimoniosa
Econômica
Submissa
Obediente
Nódoa
Mancha
120ª. GRAMÁTICA.
Nunca, mas nunca mesmo, entregue o seu trabalho sem uma boa revisão gramatical e ortográfica.
Evite erros gramaticais primários e básicos. Use só termos que você conhece. Respeite a gramática 
e as regras de grafia. 
Capriche na parte gramatical de sua redação, ou seja, não se esqueça de fazer, com toda a clareza
possível, as devidas pontuações e acentuar as palavras que tiverem acento. Não adianta fazer uma 
redação espetacular quanto ao conteúdo e estilo mas cometer dezenas de erros de português.
O primeiro passo para aceitar a gramática positivamente é imaginá-la como algo dinâmico que 
movimenta a nossa linguagem e cria nossa identidade cultural. Tenha sempre ao alcance um livro de gramática,
 acompanhado de um dicionário.
Uma pessoa que redige bem tem mais clareza de suas idéias e mais segurança em suas afirmações. 
As falhas gramaticais podem ser um entrave para isso.
121ª. GROSSERIA.
Ele deu um pum fedido pacas. Foi aquele auê!”
Gostou dessa frase ridícula? O examinador iria aprová-la? Com certeza que não! Cuidado para não entrar
na linguagem do “liberou geral”, do vale-tudo! É um território muito perigoso. Deixe a “franqueza” vocabular 
de lado e evite grosserias na sua redação. Não é só você que tem mãe, irmã, etc.
Os examinadores também têm e nem todos são apaixonados pelo “exótico”.
122ª. HARMONIA.
O aluno deve usar a musicalidade, o ritmo resultante da adequada escolha das palavras, 
da combinação dos sons na oração e do equilíbrio das orações no período.
A linguagem não pode ser áspera, dura. A redação deve ser agradável ao ouvido.
123ª. HIATO.
É a sequência desagradável de vogais ou sílabas idênticas. Evite-o.
FRASES COM HIATO
MELHOR
Andréia irá ainda hoje ao oculista.
Andréia terá consulta com seu oculista, hoje.
Traga a água à aula.
Queira trazer o recipiente com água para a sala.
124ª. HIPÉRBATO.
É inversão da ordem natural dos termos ou orações da frase com o fim de lhes dar maior destaque.
FRASES COM HIPÉRBATOS
ORDEM INVERSA
ORDEM NATURAL
Na roda do mundo, mãos dadas aos homens, lá vai o menino…
O menino vai lá na roda do mundo, mãos dadas aos homens...
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante...
As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico...
125ª. HIPÉRBOLE.
É a figura que através do exagero procura tornar mais expressiva e emocionante uma idéia.
Ele chorou rios de lágrimas.
Falei trezentas vezes para você!
Possuo um mar de sonhos e aspirações.
126ª. I (minúsculo).
Coloque o pingo no “i” com capricho e clareza, redondo, bem visível (mas não uma bolinha)
e de forma centralizada (no lugar certo), nem à esquerda, nem à direita.
127ª. IDÉIA.
         Não exponha idéias vulgares (impropérios, palavrões).
Separe as diferentes idéias em parágrafos distintos, guardando-lhes a devida conexão.
Elimine idéias ridículas, infantis, contraditórias, desnecessárias, que não se ajustem ao tema proposto.
Não inicie uma redação com uma idéia genial mas que não se relaciona com a segunda parte da composição.
Evite idéias artificiais, o nacionalismo piegas e o exagero nas expressões de modéstia, como:
Futuramente, quando o Brasil atingir o ápice do desenvolvimento, todas as nações se curvarão ante 
a capacidade empreendedora do homem brasileiroNão entendo muito do assunto, mas tentarei,
apesar dos meus parcos conhecimentos, dissertar sobre o tema escolhido.
128ª. IMPRECISÃO.
Evite escrever e/ou, por ser incompleto e impreciso e, também, porque denota pobreza vocabular.
EM VEZ DE
ESCREVA
O jovem e/ou seu pai poderiam ir ao banco ver o saldo da conta.
O pai poderia ir ao banco ver o saldo da conta, sozinho ou acompanhado do filho.
Poderíamos ir ao clube e/ou ao teatro, porque o tempo seria suficiente.
Poderíamos ir a um dos dois locais, ou a ambos – ao teatro e ao clube –, pois o tempo seria suficiente.
129ª. IMPROPRIEDADES SEMÂNTICAS  E OUTROS VÍCIOS.
Evite o tal de “através de”, que é uma expressão largamente utilizada, mas de maneira errada!
Não é, em absoluto,  sinônimo de “por intermédio de”.
Consegui aprender redação através do meu professor.
Caso escreva isso, o sentido literal é que conseguiu aprender redação atravessando seu professor
de um lado para outro, o que seria uma pena! Substitua, nesse caso, a expressão por “com o auxílio de”.
130ª. INADEQUADO.
Hoje, ao receber alguns presentes no qual completo vinte anos, tenho muitas novidades para contar.
Eis um exemplo de uso inadequado do pronome relativo. Provoca falta de coesão, pois não consegue 
mostrar a que antecedente ele se refere e,   portanto, nada conecta e produz uma relação absurda.
131ª. INCOERÊNCIA.
Não faça afirmações incoerentes, que demonstram faltam de conhecimento e, às vezes, até ignorância, como:
Ninguém gosta de ler...”
Exemplo de incoerência numa dissertação:
O verdadeiro amigo não comenta sobre o próprio sucesso quando o outro está deprimido. 
Para distraí-lo, conta-lhe sobre seu prestígio profissional, conquistas amorosas e capacidade de
sair-se bem das situações. Isso, com certeza, vai melhorar o estado de espírito do infeliz.
Exemplo de incoerência numa narração:
O quarto espelha as características de seu dono: um esportista, que adorava a vida ao ar livre e
não tinha o menor gosto pelas atividades intelectuais. Por toda a parte, havia sinais disso: 
raquetes de tênis, prancha de “surf”, equipamento de alpinismo, “skate”, um tabuleiro de xadrez
com as peças arrumadas sobre uma mesinha, as obras completas de Shakespeare.
132ª. INFORMATIVO.
Num texto informativo, não tema usar todos os recursos que possam torná-lo claro, como numerações, 
orações explicativas numerosas e parênteses.
Os pesquisadores realizaram um censo em 2001 e registraram que, das 690 espécies que visitam 
a reserva, 200 freqüentam o jardim das borboletas.
Em uma matéria, o leitor recebe vinte informações diferentes. Dezenove, que ele ignorava,
estão certas. Uma, que ele já conhecia, está errada. A tendência desse leitor é duvidar da
exatidão de todas as vinte.
133ª. INÍCIO.
Evite iniciar sua redação com digressões. O início deve ser curto, sem evasivas.
134ª. INSPIRAÇÃO.
No momento da criação – inspiração – não iniba o que vem à mente, seja o que for.
Portanto, rascunhe o que for aparecendo. Pode ser que surja algo muito bom em meio às ideias
aparentemente desordenadas.
135ª. INTERJEIÇÃO, EXCLAMAÇÃO.
Não abuse do uso das interjeições e exclamações. Tire proveito delas, no entanto, para destacar
as emoções e as explosões de sentimentos das personagens.
Arre!  Precisava gritar desse jeito e assustar todo mundo?
— Dobre a língua! — gritou vermelha de cólera. — Você é tão arrogante que ninguém mais 
aguenta a sua presença.
136ª. INTERNET.
Na rede mundial de computadores há dezenas de cursos “on-line” de redação,
muitos dos quais de altíssima qualidade, sendo alguns gratuitos. 
137ª. INTRODUÇÃO.
É o início da redação e deve conter um resumo, em poucas pinceladas, 
daquilo que abordaremos no restante do texto.
A introdução precisa ser rápida. Evidentemente, nunca terá tamanho igual ao do desenvolvimento.
Numa redação de 20 linhas, por exemplo, não deve exceder  4 ou 5 linhas.
A Introdução apresenta a idéia que será discutida no desenvolvimento. 
É nessa parte que se dá ao leitor uma informação sobre o assunto que será tratado.
Deve ser pequena, porque, se a alongarmos demais, correremos o risco de esgotarmos o
assunto no primeiro parágrafo.
PROCURE EVITAR, NA INTRODUÇÃO, FRASES COMO:
Meu caro leitor,...
Bem, atualmente, no mundo em que vivemos...
Não tenho palavras para exprimir o que sinto, mas...
Vou tentar falar sobre o tema, embora não seja fácil abordar este assunto.
Sei que não sou a pessoa mais indicada para falar sobre esse assunto. Entretanto...
Embora sabendo que a minha opinião é uma gota d’água no oceano, tentarei externá-la.
Evite iniciar sua redação com digressões (o início deve ser curto).
Digressão é não ter ordenação de idéias, é ficar indo e voltando, o que confunde o leitor. 
EXEMPLOS DE DIGRESSÕES
Devemos, aqui, propor um parêntese breve...
Evite isso, porque demonstra que a ordem das idéias ainda está confusa.
Por falar nisso, lembro-me de uma situação vivida algum tempo atrás...
Poderia ter sido falado antes, se tivesse havido planejamento da redação.
Antes de falar nisso, voltemos no tempo,...
Gera o processo de sair momentaneamente do tema e pode provocar problemas de entendimento.
138ª. IRONIA.
Quando quiser criticar determinado acontecimento ou pessoa, de forma humorística,
depreciativa ou sarcástica, e sem apresentar posição às claras para o leitor, use o expediente da ironia.
Menina, você é um primor; não arruma nem sua própria cama!
...o velho começou a ficar com aquela cor de uma bonita tonalidade cadavérica.
Moça linda, bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta: um amor.
139ª. LEGÍVEL.
Considere a legibilidade do seu texto. Como é sua letra? Como está seu texto no papel? É fácil de ler?
140ª. LEITURA.
Quem lê adquire desenvoltura para criar seu próprio texto.
A leitura completa o homem, enriquece-o; a conversação torna-o ágil; e o escrever dá-lhe precisão.
Quando lemos, nosso cérebro forma uma imagem de cada palavra. É dessa maneira que sabemos
como os vocábulos são escritos.
LER é ampliar horizontes; armazenar informações; compreender o mundo; comunicar-se melhor;
desenvolver-se; escrever com desenvoltura; relacionar-se melhor com todas as pessoas.
Leia muito, tudo o que encontrar pela frente, inclusive revistas informativas e técnicas
 (VejaIsto ÉCarta CapitalSuperinteressante), jornais (Folha de São PauloO Globo
O Estado de São PauloJornal do Brasil) e, principalmente, boas obras literárias, como romances,
dentro de seu nível de estudo e de sua faixa etária. O ato de escrever está muito ligado ao ato de ler.
UM BRADO DE ALERTA: Quem pouco lê vai se dar muito mal em redação quando for prestar vestibular!
A leitura permanente e intensa faz milagre, já que, por meio dela, se aprende muita coisa sem se perceber,
especialmente na parte gramatical relativa à acentuação, ortografia e pontuação. 
Se a pessoa nada lê, será inútil decorar uma infinidade de regras gramaticais.
Uma sugestão bem intencionada para os que querem crescer: estude para assimilar,
fixar, enfim, aprender. Só assim será capaz de manipular seu conhecimento com criatividade.
Não cultivar a leitura é um desastre para quem deseja expressar-se bem.
Ela é condição essencial para melhorar a linguagem oral e escrita.
Quem lê interioriza as regras gramaticais básicas e aprende a organizar o pensamento.
Uma boa sugestão de leitura? A coletânea, atualmente com trinta e um livros,
PARA GOSTAR DE LER. A maioria absoluta dos textos é formada por centenas de
crônicas dos melhores cronistas brasileiros. Serve para toda a família, inclusive para os 
filhos em idade escolar a partir dos dez anos. São textos curtos, simples e deliciosos.
A coleção poderá ser adquirida por intermédio da homepage da
Editora Ática na Internet (http://www.atica.com.br), onde há, inclusive,
informações detalhadas sobre como encomendá-la.
141ª. LETRA.
Uma letra muito ilegível pode até contribuir para a anulação da redação num vestibular.
A letra tem que ser visível e compreensível para quem lê e pode até mostrar sua personalidade.
Faça a letra com firmeza, segurança, bem clara e nítida, com tamanho médio, não confundindo o
traçado das maiúsculas com o das minúsculas.
Como é a sua letra? Uma letra bonita traz inúmeras vantagens. O profissional que apresenta uma
 escrita legível e estética agradável sempre tem vantagens sobre o seu concorrente na
hora de procurar emprego.
Para fazer uma boa redação no vestibular ou nas escolas, não é preciso cursar uma escola de caligrafia.
No entanto, a letra, mesmo sendo feia, deve ser legível. Os professores se rebelam contra os alunos
cujas letras são verdadeiros caracteres hieroglíficos e podem até dar-lhes notas ruins.
142ª. LETRAS DE FORMA OU DE IMPRENSA.
Não faça letra de forma, porque algumas letras de forma minúsculas parecem maiúsculas 
(como o “j”, por exemplo), o que poderá prejudicá-lo na correção de sua redação, tirando-lhe pontos preciosos.
Quem usar letra de forma, em vestibular ou concurso, poderá ter sua prova anulada ou tirar nota 0 (zero).
A letra de forma dificulta a distinção entre maiúsculas e minúsculas.
Uma boa grafia - legível e sem floreios - e limpeza são fundamentais.
Não se esqueça dos pingos (e não bolinhas) nos "i".
143ª. LETRAS FLOREADAS.
Evite fazer letras floreadas, enfeitadas, com perninhas e rabinhos porque, às vezes,
confundem-se umas com as outras e ficam até deformadas (o “r” minúsculo, estando floreado, parece “s”),
o que dificulta sobremaneira o perfeito entendimento do que está escrito. O “o”, 
por exemplo, é redondo e não tem perninha.
Portanto, NÃO FAÇA:
palavras descendo morroúltima letra do vocábulo com prolongamento
exagerado para baixolinha ou traços que cortem a palavraa letra “c”  com traços
enrolados sobre elapalavra com letras separadas“n” parecido com “r”“m” com cara de “n”“t” se
confundindo com “f”“rr” parecido com “m” ou vice-versa.
144ª. LIMPEZA.
Faça a redação limpa, sem borrões ou garranchos, e bem legível.
A limpeza contribui muito para deixar a redação bem apresentável.
O que dizer das redações cheias de borrões e sujeiras? Uma prova limpa, sem rasuras e legível,
causará boa impressão ao professor.
Não risque as palavras nem faça qualquer tipo de rasura na redação, pois esse tipo de detalhe
deixará uma impressão muito ruim de você.
Procure manter uma letra razoável, e nada de emporcalhar a folha. É o mínimo que se deve fazer
para que o conteúdo e a qualidade do texto não desapareçam no meio de rabiscos.
145ª. LINGUAGEM COLOQUIAL.
Evite o uso da linguagem popular (coloquial) ou extravagante, bem como as que atribuem 
referências grandiosas sem que possam ser aceitas ou cientificamente comprovadas.
146ª. LINHAS.
Não exceda o número de linhas pedidas como limites máximos e mínimos.
 A tolerância máxima é de aproximadamente cinco linhas aquém ou além dos limites.
147ª. LONGO.
Evite escrever palavras ou frases longas.
Construa frases que tenham, no máximo, três orações.
Períodos excessivamente longos tornam o estilo monótono e cansativo.
148ª. MARGENS.
Atente para o alinhamento das margens e dos parágrafos. Faça margens regulares.
Lembre-se de que a margem lateral esquerda (do início da linha) deve ser um pouco maior 
(4 cm) que a margem lateral direita (do final da linha, 2,5 cm).
149ª. MEDO DO ERRO.
Muita gente não gosta de ser corrigida, fica constrangida. Em geral, esse sentimento acaba provocando
uma aversão por escrever. Mas redigir não pode ser causa de sofrimento, principalmente em função da 
correção gramatical. Errar faz parte de qualquer atividade criativa, mas é preciso trabalhar – 
prestar atenção no que se lê e no que se escreve, procurar tirar as dúvidas, quando elas aparecem, 
ou estudar gramática para valer.
150ª. METÁFORA.
É o emprego de uma palavra fora de seu sentido normal, por efeito de analogia (comparação subentendida).
A Amazônia é o pulmão do mundo.
Esse homem é perigoso como uma fera!
As chamas eram centenas de línguas gigantescas.
151ª. MISTÉRIO.
Use a interrogação e a negativa quando quiser criar mistério e curiosidade em torno dos fatos.
Quem seria aquele homem que nos visitava todas as semanas e que ficava por horas conversando 
com meu pai? O que os dois tanto discutiam? Por que nunca podíamos estar presentes quando ele 
conversava com meu pai?
Se quiser criar expectativa e dúvidas, envolva sua personagem em mistério, falando dela sem a identificar 
no início da narrativa.
O homem do capote bateu na porta, foi atendido por meu pai, e passou umas duas horas no escritório
 trancado com ele. Voltou à minha casa durante anos e sempre que chegava meu pai mandava que eu 
fosse para o quarto. Mamãe ficava na cozinha.
152ª. MONÓLOGO.
É um tipo de texto em que alguém expressa sua maneira de ser, seu interior, suas emoções, seu pensamento.
 É uma conversa consigo mesmo.
Se não tem ninguém para conversar e fala sozinho (“com seus próprios botões”) ou com alguém (ou algo) 
que não pode responder, está, então, monologando.
Deveria falar-lhe, dizer-lhe o que sentia por ela? Talvez não pudesse conter as emoções toda vez que a visse. 
E então diria a ela tudo o que sempre quisera. Que a amara desde a primeira vez que a vira, que 
aguardava ansiosamente o momento em que a veria de novo. Que não hesitaria em fugir com ela, 
se essa fosse a condição para ficarmos juntos. Largaria tudo: casa, emprego, posição social, amigos...
153ª. NÃO USE.
Palavras ou frases ridículas, contraditórias, desnecessárias, que não se ajustem ao tema proposto.
Expressões vulgares, pobres, como:
Em primeiro lugarem segundo lugaressas mal traçadas linhas, etc.
154ª. NARRAÇÃO.
É o relato de um fato, de um acontecimento. Há personagens atuando e um narrador que relata a ação.
Tente fazer com que os diálogos escritos, em caso de narração, pareçam uma conversa.
A narração está vinculada à nossa vida, pois sempre temos algo a contar.   Narrar é relatar fatos e 
acontecimentos, reais ou fictícios, vividos por indivíduos, envolvendo ação e movimento.
155ª. NATURALIDADE.
Seja natural. Evite o uso de palavras de efeito apenas para impressionar a banca corretora.
Imagine o leitor à sua frente ou ao telefone conversando com você. Fique à vontade. Espaceje 
suas frases com pausas. Sempre que couber, introduza uma pergunta direta. Confira a seu texto 
um toque humano. Está redigindo para pessoas. Gente de carne e osso.
156ª. NEOLOGISMOS.
O candidato a uma vaga nas universidades precisa usar a língua portuguesa de maneira adequada e 
se utilizar de termos semanticamente precisos e corretos. Jamais escreva uma palavra cujo sentido real 
não conhece.
Norma culta não quer dizer termos sofisticados, mas palavras simples e precisas no contexto da redação.
Preciosismos (palavras complicadas)? Nem pensar!
Portanto, nunca use os neologismos incultos do tipo “imexível”, “windsurfar”,   “inconstitucionalizável”, etc.
157ª. NOTÍCIA.
É a expressão de um fato novo, que desperta o interesse do público a que o jornal se destina. 
Caracteriza-se por ter uma linguagem clara, impessoal, concisa e adequada ao veículo que a transmite.
158ª. NÚMERO.
Escreva o número por extenso, como: dois, três, oito, quinze, vinte... antes de substantivo funcionando
como adjunto adnominal.
159ª. O.
Tanto maiúsculo, quanto minúsculo, têm que ser redondos, fechados, sem “perninha” embaixo.
160ª. OBJETIVIDADE.
Seja objetivo e imparcial. Não use de forma exagerada e  nem abuse de verbos no imperativo.
Como 20 (vinte) a 30 (trinta) linhas proporcionam um espaço muito pequeno para você discorrer 
sobre qualquer assunto, procure ser objetivo, abordando, somente, os fatos principais, evitando 
entrar em detalhes que não interessam muito. Você tem que expressar o máximo de conteúdo com o 
menor número de palavras possíveis. Portanto, não repita idéias nem use palavras demais que só 
aumentem as linhas desnecessariamente. Concentre-se no que é realmente indispensável para o texto. 
A pesquisa prévia ajuda a selecionar melhor o que se deve usar.
161ª. OBSCURIDADE.
Significa falta de clareza, em razão de frases excessivamente longas (prolixas) ou exageradamente 
curtas (lacônicas), linguagem rebuscada, má pontuação ou pontuação defeituosa, impropriedade dos termos.
Tenho uma prima que trabalha num circo como mágica e uma das mágicas mais engraçadas era
 uma caneta com tinta invisível que em vez de tinta havia saído suco de lima.    
Observe aí a incapacidade de se organizar sintaticamente o período. Selecionar as frases e organizar 
as ideias é imprescindível. Escrever com clareza é de fundamental importância.
EXEMPLO DE TEXTO OBSCURO:
A exegese de textos religiosos não pode prescindir do conhecimento filológico que o diletante não deve hesitar em considerar como propedêutica para qualquer trabalho heurístico com textos arcaicos.
O MESMO TEXTO, MAS COM ESTRUTURA MAIS CLARA E DIRETA:
Para interpretar textos religiosos é preciso ter conhecimento da história da evolução das línguas. Aquele que se inicia nesse estudo deve preparar-se, então, começando pela análise de textos antigos.
162ª. ÓBVIO.
Pleonasmo vicioso. É aquilo que “tá na cara”! Evite escrever, por exemplo: O homem é um ser que vive
Todo homem é mortal.
NUNCA ESCREVA
DEIXE O ÓBVIO DE LADO
Viu o que tinha que ver e saiu.
Viu tudo a que se propôs anteriormente, em seguida saiu.
Machado de Assis é um grande escritor, pois escreve muito bem.
Machado de Assis é um grande escritor.
O avião é o meio de transporte mais seguro, pois com ele ocorrem menos acidentes.
O avião é o meio de transporte mais seguro.
163ª. ONDE.
Não empregue ONDE como sinônimo de EM QUENO QUAL, ou até mesmo DE QUE. O ONDE 
só pode ser empregado nessa função quando substitui uma palavra que indica lugar.
164ª. OPINIÃO PESSOAL.
Não coloque sua opinião pessoal no texto. Analise um assunto proposto emitindo opiniões gerais. 
Pode até se posicionar sobre determinados temas, mas disserte de uma maneira mais imparcial, 
ou seja, sem exageros ou manifestações emocionais.
Eu acho que pessoas que assassinam inocentes criancinhas deveriam ser postas em cadeiras elétricas.
A Justiça no Brasil vai de mal a pior. Além dos contraventores usuais, agora também homens da lei
imergem no crime, e a escala desses marginais oficiais já atingiu a Magistratura.
O país precisa de novas e urgentes leis.
165ª. ORDENAÇÃO.
A falta de ordenação das idéias é um erro comum  e indica, segundo os organizadores 
de vestibulares, que o candidato não tem o hábito de escrever. O texto fica sem encadeamento e, 
às vezes, incompreensível, partindo de uma idéia para outra sem critério, sem ligação.
166ª. ORGANIZAÇÃO.
É avaliada a capacidade do aluno de organizar os argumentos que fundamentarão a conclusão do texto.
Seu texto está bem organizado? Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão?
Tem frases curtas e claras, ausência de termos repetidos, seqüência dos fatos e criatividade?
167ª. ORIGINALIDADE.
Seja o mais original possível, porque a transcrição de frases implica perda de pontos preciosos 
quando da correção da redação.
Ser original não é criar algo novo para a literatura, é sermos nós mesmos. Escreva à sua maneira,
imprima sua marca pessoal ao SEU estilo, evitando os lugares-comuns e os chavões.
Como ser original ao se fazer uma redação? É simples, ouse. Se você se limita a repetir o que 
tudo mundo diz, como um papagaio, com medo de errar, provavelmente cairá no lugar-comum e 
na mediocridade. Tenha a preocupação de inovar, com coragem. Seja atrevido. A segurança virá
aos poucos e com a satisfação de perceber que fez algo seu, com seu próprio padrão de qualidade.
O uso excessivo de certas figuras de linguagem ou de alguns provérbios acarreta o empobrecimento
da redação. Como tudo que existe, as palavras também se desgastam.
É preciso criar novas figuras para expor suas idéias. 
Escrever que a namorada é uma flor, ou que filho de peixe, peixinho é
não realça a redação de ninguém. Use a imaginação para não precisar desses chavões antigos e pobres.
168ª. PALAVRAS.
Use as palavras certas nos lugares certos.
Não exagere no uso de palavras do tipo: problemacoisanegócioprincipalmente, etc.
Entre duas palavras, escolha, sempre, a mais simples; entre duas palavras simples, escolha a mais curta.
Quando for revisar sua redação, corte vocábulos desnecessários, use sinônimos ou, se for o caso, mude a frase.
NO LUGAR DE
ESCREVA
Empreender
Fazer
Regressar ou retornar
Voltar
Pleito
Eleição
Usuário
Passageiro
Óbito
Morte
Matrimônio
Casamento
169ª. PALAVRAS ADEQUADAS.
Use palavras que estejam em perfeita concordância com o que está escrevendo.
ERRADO
CERTO
O gosto do dinheiro.
O gosto pelo dinheiro.
grande sono,  por causa das noites sem dormir.
muito sono,  por causa das noites sem dormir.
Tomei banho de piscina
Tomei banho na piscina.  (Pode-se tomar banho de água, não de piscina).
A canoa quase virou e, por isso, tomei um grande choque.
A canoa quase virou e, por isso, tomei um grande susto. Tomar choque é receber uma descarga elétrica. O mais correto, no caso, é tomar um susto.
170ª. PALAVRAS CURTAS.
Prefira palavras curtas e simples. Os vocábulos longos e pomposos criam uma barreira entre leitor e autor.
Fuja deles. Seja simples. Entre duas palavras, prefira a mais curta. Entre duas curtas, a mais expressiva.
Casa, residência ou domicílio? Casa, é claro!
171ª. PALAVRAS ESTRANGEIRAS.
Evite usar palavras estrangeiras. Quando empregá-las, coloque-as entre aspas.
172ª. PALAVRAS  OU EXPRESSÕES GASTAS.
Evite escrever palavras ou expressões que, depois de entrarem na moda, tornam-se gastas, como:
desmistificarcontextosofisticadoinacreditávelprincipalmentedevido aatravés deem nível de
tendo em vista, etc.
...é aos dezoito anos que se começa a procurar o caminho do amanhã e encontrar as perspectivas
que nos acompanharão para sempre na estrada da vida.
Não se utilize de expressões parecidas com as grifadas no texto, porque são consideradas gastas
e vulgarizadas pelo uso contínuo e irão comprometer  a boa qualidade do texto.
173ª. PALAVRAS REPETIDAS.
Evite as repetições de palavras. Troque-as por sinônimos. Se já usou linda, por exemplo, use bela 
(ou bonita), a depender da ênfase que queira dar à frase. Após ter usado professor, use educador ou docente.
Para não repetir o adjetivo doente, use enfermo.
Portanto, nunca repita várias vezes a mesma palavra. Um dos erros que mais prejudica a 
expressão adequada de suas idéias é a insistente repetição de um mesmo vocábulo. 
Isso causa uma impressão desagradável a quem lê ou corrige sua redação, 
além de sugerir pobreza de vocabulário.
FRASE COM PALAVAS REPETIDAS
MELHOR
Ela estava que era uma vaidade só, exibia seus vaidosos colares, sua vaidosa fala, seu vaidoso jeito de andar.
Ela estava muito vaidosa aquele dia, exibia colares caros, fala pedante, andava com pompa.
174ª. PARÁGRAFOS.
Use parágrafos diferentes para idéias (assuntos) diferentes. Uma redação sobre o carnaval atual, 
por exemplo, você poderá subdividi-la em três parágrafos, a saber:
PRIMEIRO PARÁGRAFO
Carnaval de clube, mencionando a grande beleza na sua decoração, a presença de dois conjuntos tocando, quando for o caso, para que o folião pule o tempo todo, sem parar, com mais conforto, pelo fato de o ambiente ser fechado, etc.
SEGUNDO PARÁGRAFO
Carnaval de rua, dando especial destaque ao desfile dos blocos, das escolas de samba e aos trios elétricos.
TERCEIRO PARÁGRAFO
Conclusão, citando a ressaca (o cansaço), o dinheiro gasto, as noites sem dormir, etc.
O texto deve ter parágrafos bem distribuídos, articulados e interligados um ao outro coerentemente.
Não construa parágrafos longos, constituídos de um só período composto, recheado de orações e 
de relações sintáticas.
Não faça parágrafos muito curtos nem muito longos. O ideal seria que contivessem, no mínimo, 4 linhas e,
no máximo, 7 linhas.
Não deixe parágrafos soltos. Faça uma ligação entre eles, pois a ausência de elementos coesivos entre 
orações, períodos e parágrafos é erro grave.
Obedeça ao parágrafo ao iniciar a redação, isto é, não comece a escrever logo no início da linha. 
O parágrafo é marcado por um ligeiro afastamento com relação à margem esquerda da folha
(três centímetros aproximadamente). E sempre que houver outros parágrafos no decorrer da redação,
siga o alinhamento do parágrafo inicial.
175ª. PARÊNTESES, TRAVESSÃO DUPLO.
Sempre que quiser  fazer dentro da narração ou da descrição, um comentário à parte, empregue os 
parênteses ou o travessão duplo.
176ª. PARÓDIA.
É a imitação engraçada ou ridícula de outro texto.
177ª. PERÍFRASE OU AUTONOMÁSIA.
É uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, 
ou de um fato que o celebrizou.
Visitou a cidade do forró.
Pelé, o Rei do Futebol, fez muitíssimo pelo esporte.
O Príncipe dos Poetas também teve outras atividades que o tornaram famoso.
178ª. PERÍODO.
Construa períodos com duas ou três linhas no máximo.
179ª. PINGO.
Não faça “carnaval” na redação. Para levar a escrita a sério e responsavelmente, 
coloque pingo (e não bolinha) sobre o "i" e o "j" minúsculos.
180ª. PLANEJAMENTO.
Toda redação tem: Introdução (princípio), desenvolvimento (meio) e conclusão (fim).
O planejamento do texto que escreve não deve ser visto como algo contra sua liberdade de 
expressão, mas como um guia para aumentar suas chances de sucesso.
Planeje o texto. Delimite o tema, defina o objetivo, selecione as idéias capazes de sustentar sua tese.
 Depois, faça um plano com o assunto geral do texto, o aspecto do tema que vai ser tratado,
aonde  quer chegar e, finalmente, os argumentos, exemplos, comparações, confrontos e tudo 
que ajudar na sustentação do ponto de vista que quer defender.
181ª. PLANO.
Faça sempre, antes de escrever, um plano escrito de sua redação, para orientar-se e observar 
melhor a seqüência das idéias apresentadas.
182ª. PLEONASMO OU REDUNDÂNCIA.
É a repetição desnecessária de palavras, expressões ou idéias.
FRASES COM PLEONASMOS
CORRIJA-AS PARA
Subir para cima
Subir
Entrar para dentro
Entrar
Voltar para trás
Voltar
A brisa matinal da manhã enchia-o de alegria.
A brisa matinal enchia-o de alegria.
Ele teve uma hemorragia de sangue.
Ele teve uma hemorragia.
No entanto, pode ser usado como figura de construção, com função estilística,
para enfatizar uma idéia e tornar a mensagem mais expressiva.
A mim, ensinou-me tudo.
A música exige ouvidos de ouvir!
As flores, dou-as a você, com carinho.
183ª. PLURAL.
Cuidado com a formação do plural de algumas palavras, sobretudo as compostas — 
primeiro-ministro, abaixo-assinado, luso-brasileiro, etc.
184ª. POLISSEMIA.
Tire proveito da polissemia das palavras, para criar situações de mal-entendidos e de humor.
Os políticos fazem na vida pública o que os outros fazem na privada.
A máquina de ferro resfolegava à distância, seu apito chegando até os passageiros que 
esperavam pelo embarque. Quando o trem parou, a movimentação tomou conta da plataforma da estação.
185ª. POLISSÍNDETO.
É a repetição de conjunções para conseguir determinado efeito na frase. Use-o nas enumerações
para sugerir o excesso e a reação da personagem ou do narrador a esse exagero.
FRASES COM POLISSÍNDETOS
Mão gentil, mas cruel, mas traiçoeira.
Falei, e falei, e pedi, e supliquei, tudo em vão.
Foi então que chorei e chorei até que ele me ouvisse.
186ª. PONTO.
Depois de ponto usa-se, sempre, inicial maiúscula.
Evite escrever mais de duas linhas sem um ponto final sequer.
Use-o à vontade. Pontos encurtam frases, dão clareza ao texto e facilitam a compreensão.
Não há ponto após siglas (LTDA, CIA) ou abreviaturas de metros (m), horas (h), quilômetros (km), etc.
Ao colocar o ponto, faça-o bem redondo (mas não uma bolota) e bem perto da última letra da palavra.
Qualquer rabisco que ele contiver vai ficar parecendo uma vírgula, o que é errado.
187ª. PONTO DE EXCLAMAÇÃO.
Após um ponto de exclamação (!) a palavra seguinte não precisa começar com letra maiúscula,
pois o ponto de exclamação funciona como vírgula, não significando o fim da frase.
Ah! como Renata era linda.
188ª. PONTO E VÍRGULA.
Evite usá-lo, porque só é empregado em casos muito especiais e serve para marcar uma pausa 
maior que a vírgula.
Os sem-terra não quiseram resistir; a situação parecia tensa demais.
Vermelho é o sinal para parar; amarelo, para aguardar; verde, para seguir adiante.
O voto é obrigatório; os eleitores, portanto, deverão exercer esse direito com consciência.
189ª. PONTUAÇÃO.
Uma pontuação errada pode comprometer toda a assimilação do conteúdo textual.
A pontuação existe para facilitar a leitura do texto. O seu texto está bem pontuado?
Distribua harmoniosa e adequadamente as pausas ao longo da frase, pontuando-a devidamente.
Empregue a pontuação corretamente, pois uma simples vírgula, fora do lugar adequado, pode mudar
profundamente o sentido da frase.
A pontuação deve obedecer às paradas respiratórias e, também, 
à entonação que queiramos dar a cada frase. Uma parada breve na respiração 
significa a colocação de uma vírgula, enquanto uma respiração longa pedirá a colocação de um ponto na frase.
EXEMPLOS DE TEXTOS CONFUSOS, POR FALTA DE PONTUAÇÃO
CORRIJA-OS PARA
Maria toma banho e sua mãe diz ela traga-me uma toalha.
Maria toma banho e sua; mãe, diz ela, traga-me uma toalha.
Voar dez mil metros sem beber água uma andorinha só não faz verão.
Voar dez mil metros sem beber água? Uma andorinha só não faz: verão!
Um lavrador tinha um bezerro e a mãe do lavrador era também o pai do bezerro.
Um lavrador tinha um bezerro e a mãe. Do lavrador era, também, o pai do bezerro.
190ª. POSITIVO.
Coloque as sentenças na forma positiva. Diga o que é, nunca o que não é. 
Em vez de escrever “ele não assiste regularmente às aulas”, escreva “ele falta com freqüência às aulas”.
191ª. PRECIOSISMO.
Consiste no uso de palavras ou expressões antigas (arcaísmos) de construções rebuscadas das frases.
Baixar a inflação? Isso é colóquio flácido para acalentar bovino.
Na pretérita centúria, meu progenitor presenciou o acasalamento do astro-rei com a rainha da noite.
FRASES COM PRECIOSISMOS
PREFIRA
O exame fora deveras difícil.
O exame fora realmente difícil.
O mancebo deu-me a honra de uma contradança.
O rapaz tirou-me para dançar.
Destarte, não devemos ser assaz exigentes com os alunos.
Assim, não devemos ser muito exigentes com os alunos.
192ª. PRECISÃO.
Use vocábulos ou expressões adequadas, ou seja, termos próprios definindo clara e eficientemente a ideia, 
para não cair na pobreza de vocabulário. É preciso pesar as palavras e aprender todo o seu significado, 
sob pena de usá-las indevidamente na frase.
Certifique-se do significado correto das palavras que vai utilizar em determinado período e verifique se
existe adequação desse significado com as idéias expostas. A vulgaridade de termos ou impropriedade 
de sentido empobrecem bastante o texto.
ALGUNS EXEMPLOS DEPLORÁVEIS
CORREÇÃO
Estou convincente de que...
Estou convencido de que...
Era um tapete de alta valorização...
Era um tapete de alto valor...
Urgem campanhas no sentido de exterminar os analfabetos.
Urgem campanhas no sentido deexterminar o analfabetismo.
É impossível conhecer osantepassados dos candidatos...
É impossível conhecer osantecedentes dos candidatos...
193ª. PRECONCEITO.
Não escreva a palavra “judia” nem outros termos que tenham conotação preconceituosa.
194ª. PREGUIÇA.
Lembre-se: as piores inimigas da redação são a preguiça mental e a falta de leitura.
195ª. PRIMEIRA PESSOA.
A redação deve ter o caráter impessoal (3ª pessoa),  evitando-se a 1ª pessoa, principalmente a 
do singular, salvo em citações.
Não utilize a primeira pessoa em sua redação, principalmente quando for determinado texto objetivo. 
Alguns vestibulares tiram pontos caso a use. Sua opinião deverá ser dada por um sujeito indeterminado.
Evite expressões do tipo: “Na minha opinião”, “Ao meu ver”, etc.
Em vez de: “Eu acho que a privatização deveria acontecer...”, escreva: “A privatização deveria acontecer...”
196ª. PRIMEIRO LUGAR.
Não se coloque em primeiro lugar, ao citar-se juntamente com outras pessoas.
ESCREVA, CORRETAMENTE
Roberto, Paula e eu gostamos da festa.
Meu pai e eu somos bons amigos.
197ª. PROCURAÇÃO.
Documento que autoriza outra pessoa a tratar de seus negócios. 
É obrigatório o reconhecimento de firma.
198ª. PROLIXO.
Linguagem prolixa é aquela desenvolvida através de termos e expressões supérfluas, 
digressões inúteis, excesso de adjetivos, períodos extensos e emaranhados.
Ser prolixo é ficar “enrolando”, “enchendo lingüiça”, não ir direto ao assunto.
Antes de mais nada, sem mais delongas, permito-me apresentar minhas 
sinceras e respeitosas discordâncias com relação às proposições que vossa 
senhoria fez presentes nesse colóquio.
Expressões prolixas: antes de mais nadamuito pelo contráriopor outro ladopor sua vez.
199ª. PRONOME.
Cuidado com o emprego ambíguo dos pronomes seu, sua, dele, dela.
Não comece frase com pronome.
ERRADO
CERTO
Me dá
Dá-me
Me presenteou
Presenteou-me
Lhe disse isso
Disse-lhe isso
 Evite usar pronomes a todo o momento.
EM VEZ DE
PREFIRA
Eu brinquei
Brinquei
Eu estudei
Estudei
Eu dormi
Dormi
Não empregue pronomes pessoais do caso reto no lugar do pronome oblíquo. 
Escreva sempre “julgá-lo”, nunca “julgar ele”.
200ª. PROSOPOPÉIA.
É a atribuição de qualidades ou sentimentos humanos a seres irracionais ou inanimados.
A Lua espia-nos através da vidraça.
A raposa disse algo que convenceu o corvo.
O tempo passou na janela e só Carolina não viu.
201ª. PROVÉRBIO OU DITO POPULAR.
Não utilize provérbios, ditos populares, frases feitas, pois eles empobrecem a redação. 
Faz parecer que seu autor não tem criatividade ao lançar mão de formas já gastas pelo uso frequente.
Portanto, nada de ficar usando:
A palavra é de prata e o silêncio de ouro.
Quem com o ferro fere, com o ferro será ferido.
Entretanto, como já diziam os sábios: depois da tempestade sempre vem a bonança. 
Após longo suplício, meu coração apaziguava as tormentas e a sensatez me mostrava 
que só estaríamos separadas carnalmente.
202ª. QUANTIDADE DE LINHAS.
Não deixe linhas em branco no corpo do texto.
Não faça menos nem ultrapasse o máximo de linhas exigido na redação.
Quando for redigir alguns temas, para efeito de treinamento, escreva 15 
(quinze) linhas no mínimo a 30 (trinta) linhas no máximo, pois é assim que são pedidas as
redações em vestibulares e concursos.
203ª. QUE, DE QUE.
Lembre-se de que os verbos gostar e precisar são transitivos diretos e, portanto, são 
sempre precedidos de “de que”.
ERRADO
CERTO
Outra coisa que gostei.
Outra coisa de que gostei.
O livro que precisava era aquele.
O livro de que precisava era aquele.
Este é o professor que lhe falei.
Este é o professor de quem lhe falei.
204ª. QUEÍSMO.
É o uso excessivo do “que”, cuja conseqüência é produzir períodos longos. Evite-o.
ERRADO
CERTO
Aquele que diz que faz que é forte e que tudo pode é que teme que se diga dele que é fraco e que nada pode.
Quem diz ser forte e tudo poder teme que se revele sua fraqueza e impotência.
Este é o apartamento que comprei de João, que tinha outros seis imóveis que estavam todos à venda.
Este é o apartamento que comprei de João, dono também de outros seis imóveis. Estavam todos à venda.
205ª. RADICALISMO.   
Não afirme o que não pode provar. 
Evite análises radicais e posições extremistas, injustas e levianas.
Nada como um texto equilibrado. Posicione-se, mas sem exagero.
Todos os deputados são corruptos.
A bem da verdade, nem todos o são, não é mesmo?
Esse tipo de gente merece ser exterminado.
Radical demais, não lhe parece? E até grosseiro!
206ª. RASCUNHO.
Jamais deixe de fazer o rascunho. Ele é a primeira versão do texto. 
Os escritores fazem várias versões de seus livros antes de publicá-los. 
Não seja você, um iniciante, a querer dispensá-lo. Nele há a possibilidade 
de melhorar sua redação, alterar palavras, construir melhor os períodos, mudar a 
posição dos parágrafos, etc. 
Para evitar rasuras no texto definitivo, releia o rascunho com muita atenção. 
Não tenha preguiça nem pressa em passá-lo a limpo. O sucesso do seu texto depende, 
muitas vezes, de uma leitura atenta e cuidadosa do rascunho.
Ao reler o rascunho, você se torna um leitor crítico do próprio texto. 
Revise-o com muita atenção: elimine, acrescente, substitua. Questione o seu texto. 
Esse trabalho irá, certamente, contribuir para a qualidade de seu texto definitivo.
207ª. RASURAS,  BORRÕES.
Não use borracha.
Não apresente as questões desarrumadas e riscadas.
Não faça rasuras, marcas, sinais e borrões no corpo da redação.
Em caso de erro na redação já passada a limpo, risque o que estiver 
errado e escreva adiante de modo correto.
208ª. REALIDADE.
A realidade pode ser reproduzida literalmente ou, a partir dela, pode-se 
criar uma outra, com sensibilidade e imaginação.
Dorme a floresta circundante, sem sussurros de brisas, nem regorjeio de aves. 
Só o urutau pia longe, e uma ou outra suindara perpassa. No centro do terreiro,
 atado a um poste da canjerana rija, o prisioneiro branco vela.
As lágrimas da cidade enchiam bueiros que não agüentavam e empurravam para 
fora toda a sujeira interior. Os carros parados, na infinita espera de algo que não iria 
acontecer, com suas buzinas destoantes do choro de São Paulo.
209ª. RECIBO.
É um documento que comprova o recebimento de um pagamento.
210ª. REDAÇÃO OU COMPOSIÇÃO.
Leia atentamente o que está sendo solicitado.
As provas de redação têm maior peso na maioria dos vestibulares. 
Planeje o texto sem utilizar fórmulas prontas. O fio condutor deve ser seu pensamento. 
Acredite em seus pontos de vista e defenda-os com convicção. Eles são seu maior trunfo. 
Capriche no conteúdo, não se desviando do tema proposto, e não se descuide da parte gramatical.
Escrever uma redação é como vender um peixe. Você precisa convencer o cliente da 
qualidade do seu produto. O texto escrito não é para você. Será lido e entendido por outras pessoas.
 Ninguém vai perder tempo para ler textos confusos e ininteligíveis. Portanto, capriche na escrita, 
alinhe os parágrafos, escolha bem o vocabulário, mostre organização.
Leia e releia aquilo que escreveu e faça a você mesmo as seguintes perguntas: 
será que vão entender minhas idéias? Fui claro em minhas exposições? 
As orações estão bem coordenadas entre si? Será que os períodos estão 
muito longos e cansativos para quem irá lê-los? Escrevi muito e não disse nada? 
Houve fuga do tema? Escrevi o mínimo de linhas exigido pelo vestibular?
211ª. REDUNDÂNCIA.
Cuidado com as redundâncias. É errado escrever, por exemplo: “Há cinco anos atrás”. 
Corte o “há” ou dispense o “atrás”. O certo é “Há cinco anos...”.
212ª. REGÊNCIA.
Fique atento à regência de verbos e nomes, sobretudo daqueles que exigem a preposição “a”, 
para não cometer erro no emprego da crase.
213ª. REGÊNCIA VERBAL.
Regência Verbal é um assunto complicado, não acha? Não deveria ser, mas é. 
Existem vícios que desvirtuam a correta regência de diversos verbos.
O verbo “desfrutar” é muito empregado com regência errada. Por ser transitivo direto,
 não exige preposição antes de seu complemento. No entanto, o que mais se vê é um “de” 
insistente acompanhando-o, como na frase: “Eu e meu amigo desfrutamos das férias num 
paradisíaco balneário”. Errado! O correto é: “Eu e meu amigo desfrutamos as férias num
paradisíaco balneário”.
214ª. RELER.
Releia com o máximo de atenção o texto que escreveu, antes de passá-lo a limpo, para não deixar
ficar erros bobos, tolos, que poderão comprometer seriamente sua nota final.
Lembre-se: é fundamental pensar, planejar, escrever e reler seu texto. Mesmo com todos os cuidados, 
pode ser que não consiga se expressar de forma clara e concisa. A pressa pode atrapalhar. 
Com calma, verifique se os períodos não ficaram longos, obscuros. Veja se não repetiu palavras e ideias. 
À medida que relê o texto, essas falhas aparecem, inclusive erros de ortografia e acentuação. 
Não se apegue ao escrito. Refaça o texto, se for preciso. Não tenha preguiça, passe tudo a limpo 
quantas vezes forem necessárias. No computador, esta tarefa se torna mais fácil.
Faça sempre uma cópia do texto original. Assim se sentirá à vontade para corrigi-lo quantas vezes quiser.
215ª. RELIGIÃO.
Não faça propaganda de doutrinas religiosas na redação. Mantenha-se sempre imparcial.
A religião, qualquer que seja ela, é uma questão de fé; a dissertação, por sua vez, é uma questão 
de argumentação, que se baseia na lógica. São, portanto, duas áreas situadas em diferentes planos. 
Não há como argumentar de modo convincente com base em dogmas religiosos; os preceitos de 
fé independem de provas ou evidências constatáveis. Torna-se, assim, completamente descabido 
fundamentar qualquer tema dissertativo em idéias que se situem em um plano que transcende a razão.
216ª. REPETIÇÃO.
Evite:
Dizer a mesma coisa duas vezes para explicar melhor.
Pormenores (detalhes), divagações, exemplos excessivos.
Palavras terminadas em “ão”, “ade”, “ente”, etc, pois provocam eco 
(rima inconveniente e condenável) na redação.
Repetições de palavras e de idéias, principalmente no mesmo parágrafo. 
Troque-as por sinônimos. A repetição de palavras denota falta de cultura, 
de conhecimento geral e pobreza de vocabulário, além de certa preguiça mental.
O emprego repetitivo das palavras eu, nós, ele, ela, e, que, porque, daí, aí, então, 
mas (esta, por exemplo, pode ser substituída por contudo, todavia, no entanto).
217ª. REPORTAGEM.
É uma notícia em profundidade. Caracteriza-se  pela exposição enriquecida e profunda do fato.
218ª. REQUERIMENTO.
É um documento (texto administrativo), manuscrito ou datilografado, no qual o cidadão 
(interessado), depois de se identificar e se qualificar, faz um pedido (solicitação) à autoridade 
competente. Só é usado quando é pedido ao serviço público. Se traz a solicitação de várias pessoas, 
chama-se Memorial.
219ª. RESUMO.      
Num resumo, não comente as idéias do autor. Registre apenas o que ele escreveu, sem usar expressões 
como segundo o autor..., o autor afirmou que....
Resumo é uma síntese das idéias, fatos e argumentos contidos num texto. Para fazê-lo, empregue suas
 próprias palavras, evitando, na medida do possível, reproduzir cópias do texto original.
Ler não é apenas passar os olhos no texto. É preciso saber tirar dele o que é mais importante, 
facilitando o trabalho da memória. Saber condensar as idéias expressas em um texto não é difícil, 
basta reproduzir com poucas palavras aquilo que o autor disse.
220ª. RETICÊNCIAS.
Nas dissertações objetivas, evite as reticências. A clareza na exposição é preferível a esperar 
que o leitor adivinhe o que você quis dizer.
As reticências marcam uma interrupção da seqüência lógica do enunciado, com a consequente 
suspensão da melodia. É utilizada para permitir que o leitor complemente o pensamento suspenso.
A língua escrita apresenta muitas diferenças em relação à língua falada. Observe como as reticências 
às vezes são utilizadas para criar o clima de mistério: “era sexta-feira...
221ª. REVISÃO.
Revise a redação. Ela tem começo, meio e fim? Defendeu seu ponto de vista de maneira convincente? 
Escreveu parágrafos com tópico frasal e desenvolvimento? Respeitou as normas gramaticais vigentes?
Quando for revisar a redação, redobre os cuidados com a crase e a concordância. Triplique a atenção 
com a voz passiva sintética (do tipo "vendem-se carros") e do sujeito posposto ao verbo.
222ª. RISO.
Tire partido dos dados imprevisíveis e inadequados para conseguir o interesse do leitor pelo texto 
(e, muitas vezes, o riso).
— Ah, estou com vontade de passar a noite com a Luiza Brunet de novo. — 
O quê? Não me diga que já passou a noite com ela? — Não, mas já tive vontade antes.
Nem acreditei que aquele rapaz, tão jovem, olhava para mim! Então, ele gritou: — 
Tia, o porta-malas está aberto! — Fui para casa, com o porta-malas aberto e a cara
mais fechada do que fundo de touro subindo a ladeira.
223ª. ROMANTISMO.
Afaste-se do romantismo fácil, mas não se furte à sinceridade da apresentação de seus sentimentos.
E quando você vai embalar o neto e ele, tonto de sono, abre um olho, lhe reconhece, sorri e diz “Vó”, 
seu coração estala de felicidade, como pão ao forno.
Os céticos dizem que as mulheres são verdadeiras surpresas, nem sempre muito agradáveis. Mas, 
como saber, se não tentar chegar ao fundo dos nossos sentimentos? E, se amo, tenho de arriscar, 
concordam comigo?
224ª. SILEPSE.
É a concordância com a idéia, não com a palavra escrita.
Vossa Majestade continua bondoso!
Os brasileiros somos muito otimistas.
Corria gente de todos lados, e gritavam.
225ª. SIMPLICIDADE.
Escreva com suas próprias palavras e produza novas idéias.
Use palavras conhecidas, adequadas e períodos curtos. Escreva com o máximo de simplicidade. 
Amarre as frases, organizando as idéias. Cuidado para não mudar de assunto de repente. 
Conduza o leitor de maneira leve pela linha da argumentação.
Alguns estudantes pensam que, utilizando palavras pomposas, artificiais, difíceis e rebuscadas,
 conseguirão impressionar os corretores de provas. Puro engano! Os vocábulos devem 
ser os mais comuns possíveis.  Portanto, escreva com simplicidade. O uso de termos
 complicados não é prova de que você sabe escrever bem.
Neste tempo em que é preciso, ainda que ocasionalmente, jactar-se do que produzimos
 intelectualmente, far-nos-á muito bem que tenhamos, por hora, um projeto desenvolvimentista
 uniforme capaz de...
Ora, qualquer banca corretora, ao ler o texto acima, vai saber muito bem tratar-se de um plágio de alguém,
 ou, então, achar que você é um marciano!
226ª. SINAIS.
Faça o til e o cedilha com nitidez, e não simples rabiscos ou traços confusos e inexpressivos.
227ª. SINESTESIA.
É uma espécie de metáfora que consiste na união de impressões sensoriais diferentes.
Use-a, se puder, para, através de duas sensações, indicar mais vivamente um objeto ou ser.
Um grito áspero, palavras douradas, cheiro quente.
O cheiro doce e verde do capim trazia recordações da fazenda...
A presença inesperada do sumo pontífice no encontro comoveu a todos. O toque de mão suave, 
o semblante sereno, o leve odor de rosas que emanava de sua presença provocou em todos uma 
sensação de paz.
228ª. SOLECISMOS.
Ocorre quando há desvios de sintaxe quanto à concordância, regência ou colocação.
Obedeça o chefe.
Quem fez isso foi eu.
Faltou muitos alunos no dia do jogo da Seleção do Brasil.
Que fique bem claro uma coisa: as frases acima estão gramaticalmente incorretas.
229ª. SUBSTANTIVO, VERBO.
Abuse do uso de substantivos e verbos. Seja sovina com adjetivos e advérbios. 
Eles são os inimigos do estilo enxuto.
Matar ou matar. De quebra, morrer. No campo de batalha o soldado pouca
 chances tem de escolhas diferentes dessas.
A tarde cai. O céu escurece rapidamente, como convém à estação outonal. 
O silêncio vai se instalando na pequena vila onde, a partir de agora, só o luar iluminará as ruas.
230ª. SUJEITO.
A menos que queira enfatizar muito o sujeito, ou precise evitar confusão na interpretação sobre 
quem está falando, omita o pronome sujeito, ou não abuse de seu emprego.
Ao longe, avistaram um velho abatido vindo ao encontro deles. Decidiram parar. 
“Credo! Isso é coisa do demo!”, falou o terceiro se benzendo. É... e eles tinham razão.
Pedro resolveu omitir seu nome. Na verdade, ninguém precisaria  saber que  era filho de 
empresário famoso; nada lhe acrescentaria de bom e, ao contrário, poderia tornar-se alvo 
de bandidos naquela região perigosa do Rio.
231ª. SUPERLATIVOS.
Cuidado com “superlativos criativos” do tipo “mesmamente”, “apenasmente”, etc.
232ª. SUSPENSE.
Quando quiser criar suspense, acumule dados, ação inesperada, apresente 
conseqüências, deixando a causa para o final.
Todos estavam apreensivos, esperando o anúncio do vencedor do concurso. 
O mestre-de-cerimômias abre a solenidade com uma longa lista de agradecimentos. 
A cada nome, a ovação da platéia interrompe o correr da solenidade. 
Começa agora a leitura dos nomes dos vencedores. Juliano está com o coração na mão. 
O envelope vai ser aberto. Mas tudo escurece subitamente. Não é que falta luz no exato 
momento em que os nomes seriam anunciados! Juliano não agüenta a ansiedade.
233ª. T (minúsculo).
Corte-o corretamente, sem floreio, mais ou menos no meio, totalmente, e não um traço qualquer, em cima.
234ª. TAMANHO DA FOLHA.
Use, para treinamento, folha de papel almaço (pautado) ou, então, folha de caderno escolar para 
10 (dez) matérias (o maior), espiral.
235ª. TAMANHO DAS LETRAS.
Escreva com letras médias (nem muito grandes, nem muito pequenas). Letras muito pequenas vão 
dificultar a correção do texto e letras muito grandes vão proporcionar poucas palavras em cada linha e,
conseqüentemente, uma abordagem superficial do assunto.
236ª. TELEGRAMA.
É utilizado para comunicação urgente. Deve-se suprimir do pequeno texto qualquer palavra dispensável, 
como artigos, preposições, conjunções e sinais de pontuação. Ponto será grafado com PT e vírgula com VG.
237ª. TEMA.
Leia o tema que vai desenvolver com atenção, analisando com profundidade as idéias nele contidas.
Fácil ou difícil, agradável ou não, o tema terá que ser enfrentado. A melhor atitude será recebê-lo com 
simpatia, disposição e otimismo.
Redija usando argumentos fortes e consistentes. O floreio e o enche lingüiça nada acrescentam à 
qualidade do texto de uma redação.
O tema é o assunto sobre o qual se escreve, ou seja, a idéia que será defendida ao longo da dissertação.
Deve tê-lo como um elemento abstrato. Nunca se refira a ele como parte do texto.
Não fuja do tema proposto, nem invente títulos, escolhendo outro argumento com o qual tenha maior afinidade.
O distanciamento do assunto pode custar pontos importantes na avaliação da redação.
Não fugir do tema significa abordá-lo da maneira como foi proposto, isto é, nem restringindo 
demais a abordagem nem extrapolando para assuntos que não tenham relação direta com ele.
Se o seu objetivo é ser favorável à privatização das estradas, use argumentos sólidos 
que justifiquem o porquê de sua posição. Tente convencer o leitor e mantenha clara a sua opção.
Se o tema for “O clima do Brasil”, não adiantará fazer uma obra-prima versando sobre 
“O clima de Minas Gerais”, porquanto o seu trabalho resultará inútil. Os corretores vão 
considerar que houve fuga ao tema proposto. Sabe qual a nota que terá nesse caso? ZERO!
Quais os temas que podem cair nas provas de Redação? A tendência das bancas 
examinadoras tem sido solicitar dois tipos de temas: objetivos, os relacionados aos
problemas atuais, presentes na mídia (sociais, tecnológicos, econômicos, etc.); 
subjetivos, os que envolvem o comportamento e o sentimento das pessoas.
238ª. TEMPO.
Não acelere o ritmo para acabar logo a redação nem demore demais para não perder tempo.
239ª. TEMPOS VERBAIS.
Procure tirar proveito da mudança dos tempos verbais, usando-os, por exemplo, para fazer generalizações.
O larápio não deixou de roubar após ter passado um bom tempo na prisão. 
Ora, por esse caso podemos ver que nem sempre a prisão recupera os criminosos.
240ª. TEORIA.
Se precisar provar a alguém, ou a você mesmo, uma teoria, use o raciocínio lógico e, se for o caso,
 hipotético.
Democracia verdadeira não existe sem educação. O indivíduo sem estudo é presa fácil do engodo,
da retórica vazia, das promessas irrealizáveis. Imagine alguém que mal sabe escrever o nome ouvindo
o discurso embolado de um de nossos políticos. Poderá julgar com clareza o que estão lhe dizendo, 
avaliando a proposta que melhor satisfaz aos seus interesses?
241ª. TERCEIROS.
Não utilize exemplos contando fatos ocorridos  com terceiros, que não sejam de domínio público.
242ª. TEXTO.
O fato que contou, em seu texto, é interessante? Gostaria de ouvi-lo de outra pessoa? 
Tenha sempre senso crítico.
Não utilize os termos “eu acho”, “penso”, “para mim”, etc. O texto já é sua opinião pessoal, 
não precisa enfatizar, ser repetitivo. Em vez de escrever “Eu acho a internet legal”, escreva: “A internet é legal”.
Não use expressões como “vou ir” e “de leve”, mas, sim, “irei” e “levemente”.
243ª. TÍTULO.
Evite o uso das aspas no título.
Pule uma ou duas linhas entre o título e o início do texto.
Evite iniciar a redação com as mesmas palavras do título.
Os títulos devem ser escritos de forma abreviada (resumida).
Não há pontuação após o título, a não ser que seja frase ou citação.
Coloque o título centralizado (no centro da folha), antes do início da redação.
É uma expressão, geralmente curta e sem verbo, colocada antes da dissertação.
Em títulos de redação, por questão de ênfase, usam-se iniciais maiúsculas:
Minhas Férias de Julho, Nossa Visita ao Frisuba.
Não coloque a palavra título antes do TÍTULO nem o termo FIM ao terminar a redação. 
O óbvio não precisa ser explicado.
244ª. “TRANSPIRAÇÃO”.
É a hora da montagem do texto, a escolha do que deve ficar e do que deve sair.
Após a seleção das idéias que serão usadas, ordene as frases, percebendo a diferença entre o 
principal e o secundário, hierarquizando  a seqüência de parágrafos de modo a tornar claro o seu texto.
245ª. TRAVESSÃO.
Na redação, o travessão tem a função dos parênteses ou das vírgulas usadas em dupla, 
sendo empregado para separar expressões intercaladas.
Pelé — o maior jogador de futebol de todos os tempos — hoje é um empresário bem-sucedido.
A sociedade precisa lutar por conquistas sociais - tão prometidas pelos governos, mas nunca 
concretizadas - a fim de ver reduzidas as diferenças entre pobres e ricos.
246ª. U, V.
Faça-os com clareza e nitidez porque, caso contrário, o U ficará parecendo o V.
247ª. ÚLTIMO.
Evite escrever “último”, no sentido de “mais recente”.
248ª. UNIDADE
A redação deve ter unidade, por mais longa que seja. Trace uma linha coerente do começo ao final do texto. 
Não pode perder de vista essa trajetória. Muita atenção no que escreve para não fugir do assunto.
249ª. VERBO.
Evite o emprego de verbos auxiliares.
Faça a concordância correta dos tempos verbais.
Evite o uso de verbos genéricos, como “dar”, “fazer”, “ser” e “ter”.
Flexione corretamente os verbos quando for usar o gerúndio ou o particípio.
O verbo “fazer”, no sentido de tempo, não é usado no plural. É errado escrever: 
Fazem alguns anos que não leio um livro”. O certo é:  “Faz alguns anos que não leio um livro”. 
Os verbos defectivos não possuem todas as pessoas conjugadas. O presente indicativo do verbo “adequar” 
só apresenta as formas de primeira e segunda pessoas do plural (adequamos, adequais). 
As outras simplesmente não existem, não adianta inventar. Logo, nada de sair por aí dizendo
(ou escrevendo) coisas como: “Eles não se adequam ao meu sistema de trabalho” ou: 
Eu não me adequo ao seu modo de pensar”. No caso, use o verbo equivalente: “adaptar”.
250ª. VÍRGULA.
Vêm, geralmente, entre vírgulas: isto é, ou seja, a saber, etc.
Coloque-a bem próxima da última letra da palavra (e não distante).
Leia os bons autores e faça como eles: trate a vírgula com bons modos e carinho.
Nunca coloque vírgula entre o sujeito e o verbo, nem entre o verbo e o seu complemento.
Só com a leitura intensiva se aprende a usar vírgulas corretamente.
 As regras sobre o assunto são insuficientes. 
É o sinal de pontuação mais importante e que tem maior variedade de uso. 
Por essa razão, é o que também oferece mais oportunidade de erro.
Coloque a vírgula com clareza, a saber, um pontinho com uma perninha levemente 
voltada para a esquerda, e não um tracinho ou um risquinho qualquer.
As vírgulas, quando bem empregadas, contribuem para dar clareza, precisão e 
elegância às frases. Em excesso, provocam confusão e cansaço. Frase cheia de vírgulas está pedindo um ponto.
251ª. VOCABULÁRIO SIMPLES.
Algo fantástico para enriquecer o seu vocabulário? Palavras cruzadas.
A limitação do vocabulário não impede um raciocínio inteligente e incisivo.
Use uma linguagem simples, empregando, somente, as palavras cujo sentido você conhece bem.
Não fique inventando, querendo usar vocábulos difíceis, cujos significados nada têm a ver com o que 
está escrevendo.
252ª. VOZ ALTA.
Após fazer uma redação, leia o texto em voz alta, várias vezes. É uma boa técnica para descobrir seus erros.
253ª. VOZ ATIVA.
Opte pela voz ativa. Ela deixa o texto esperto, vigoroso e conciso. A passiva, ao contrário, deixa-o desmaiado, 
flácido, sem graça. Em vez de:A redação foi feita pelos alunos da 4ª série, prefira: 
Os alunos da 4ª série fizeram a redação.
254ª. VOZ PASSIVA.
Use a voz passiva quando quiser realçar o paciente da ação, transformando-o em sujeito (embora não aja).
A porta foi aberta com violência.
255ª. VULGAR.
Não seja vulgar nem use termos considerados chulos e obscenos (palavrões). 
Gírias e expressões populares, só entre aspas. Os assuntos devem ser trabalhados 
com certa distinção e delicadeza.
256ª. ZEUGMA.
É a omissão de um termo anteriormente expresso, ainda que em flexão diferente.
Eu jogo futebol; ela, basquete.
Foi saqueada a vila, e assassinados os partidários de Sadan.

Fonte: Site Nota 10